Internacional

Três cidadãos iranianos acusados em grande operação contra ‘hackers’ nos EUA

Três cidadãos iranianos acusados em grande operação contra ‘hackers’ nos EUA
Kacper Pempel/REUTERS

Ministério Público diz que os piratas informáticos encriptaram e roubaram dados das redes de contactos das vítimas e ameaçaram divulgá-los se estas não pagassem resgates de valores exorbitantes

Três cidadãos iranianos foram acusados nos Estados Unidos de ciberataques a centrais elétricas, governos locais e pequenas empresas e entidades não-lucrativas, incluindo um abrigo para vítimas de violência doméstica, indicou esta quarta-feira o Departamento de Justiça. Os arguidos foram indiciados por terem indevidamente acedido a informações de centenas de vítimas nos Estados Unidos da América (EUA) e noutros países.

O Ministério Público diz que os piratas informáticos encriptaram e roubaram dados das redes de contactos das vítimas e ameaçaram divulgá-los se estas não pagassem resgates de valores exorbitantes. Em alguns casos, as vítimas fizeram tais pagamentos, precisou o Departamento de Justiça.

Acredita-se que os ‘hackers’ não estivessem a trabalhar para o Governo iraniano, mas para seu próprio benefício financeiro, e algumas das vítimas estavam até no Irão, de acordo com um alto responsável do Departamento de Justiça norte-americano que forneceu informação sobre o caso à imprensa sob condição de anonimato, no cumprimento das normas impostas pelo departamento. Mas segundo a mesma fonte, tal atividade ocorreu porque o Governo iraniano permite que os piratas informáticos geralmente operem com impunidade.

Pensa-se que os três ‘hackers’ agora acusados se encontram no Irão e não foram detidos, mas o responsável do Departamento de Justiça norte-americano disse que as acusações que sobre eles impendem tornam “na prática impossível” que eles abandonem o país.

O caso foi apresentado num tribunal federal do Estado norte-americano de Nova Jérsia, onde um município do condado de Union foi pirateado no ano passado.

Um dos alvos dos três ‘hackers’ foi um abrigo para vítimas de violência doméstica no Estado da Pensilvânia, ao qual a acusação especifica que foram extorquidos 13.000 dólares (o mesmo valor em euros, ao câmbio atual) para que os dados pirateados não fossem divulgados, por óbvias razões de segurança.


Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários

Assine e junte-se ao novo fórum de comentários

Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas