14 setembro 2022 15:36
Margarida Mota
Jornalista
Chuvas de monção mais intensas do que o habitual inundaram quase um terço do Paquistão, uma área correspondente ao Reino Unido
fida hussain
Uma cama e roupa a secar, é tudo o que resta a este homem, na localidade de Nowshera
fayaz aziz / reuters
Duas meninas socorrem-se de uma jangada improvisada para seguir pelas ruas por onde costumam correr
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As chuvas intensas provocaram deslizamentos de terras que levaram tudo atrás
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Água por todo o lado, no solo e nos potes e jerricãs à cabeça das mulheres
amer hussain / reuters
A ameaça da fome, após as cheias devastarem o sector agrícola, destruindo colheitas de arroz, milho e trigo
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Duas pessoas recolhem bambus intactos, junto a uma casa totalmente destruída, em Dera Allah Yar
amer hussain / reuters
As canas de bambu são preciosas para ajudar a improvisar pontes, esta em Shikarpur
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Na cidade de Khaipur Nathan Shah, as ruas transformaram-se em rios
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Militares da Marinha paquistanesa asseguram ações de resgate de populações, nas áreas mais afetadas
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As inundações destruíram casas e pontes e encobriram estradas e pastagens para o gado
adeel ahmed / anadolu agency / getty imagesanadolu agency
As cheias já afetaram 33 milhões de pessoas, muitas das quais passaram a viver em tendas, montadas em campos improvisados
ahmed ali / anadolu agency / getty images
Em Sohbatpur, nas escassas extensões de terra que ficaram à superfície, tendas acolhem quem tudo perdeu
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Com a casa inabitável, esta família salvou a louça que pode e espera por abrigo, em Khairpur
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Perante a ameaça de novas cheias, militares erguem uma barreira de proteção, junto a uma importante central elétrica, em Dadu
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Ficaram sem casa, vivem na berma de uma estrada, em Sukkur, e não veem a hora da chuva parar de cair
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As consequências da intempérie já provocaram pelo menos 1400 mortos
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Tristeza nos rostos de quem, por estes dias, está proibido de correr e saltar em total liberdade
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Distribuição de ajuda alimentar doada pela Turquia, em Mirpur Khan
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Uma manada de búfalos desbrava as águas, onde normalmente passa uma autoestrada, em Sehwan
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Água pelo pescoço, numa zona da província de Sindh, no sul do Paquistão
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Dificuldades acrescidas nas ruas de Karachi, a maior cidade do Paquistão, com mais de 16 milhões de habitantes
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Crianças deslocadas pelas inundações e a viver num campo improvisado aguardam pela distribuição de comida, em Sehwan
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Uma corrida contra o tempo para salvar fardos de pasto, antes que a água suba mais um pouco
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Um novo ano letivo começou e, em Dera Ghazi Khan, o caminho para a escola só é mesmo possível de barco
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Um rasto de lama numa casa engolida pela água, em Nowshera
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Junto a um posto de combustíveis alagado, em Mehar, populares fazem muros com sacos para impedir o transbordo das águas
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O caos citadinho acentuou-se em Karachi
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Uma família segue na direção de um porto seguro, transportando tudo aquilo que consegue, em Jamshoro. As cheias no Paquistão, este verão, afetaram milhões de pessoas
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Água a perder de vista, na região de Dadu, província de Sindh (sul), uma das zonas mais gravemente atingidas
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Chuvas abundantes combinadas com o rápido degelo dos glaciares colocou quase um terço do Paquistão debaixo de água. Cerca de 33 milhões de pessoas ficaram com a vida virada do avesso e mais de 1400 morreram. Após visitar o país, o secretário-geral das Nações Unidas alertou para o contributo das alterações climáticas nos fenómenos extremos que devastam o Paquistão desde meados de junho. “Hoje no Paquistão, amanhã no seu país”, avisou António Guterres
14 setembro 2022 15:36
Margarida Mota
Jornalista