O aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, está mergulhado no caos desde o início desta semana. Longas filas de passageiros preenchem neste momento os corredores do aeroporto, que emitiu um comunicado, na segunda-feira, a recomendar às companhias aéreas que cancelassem alguns dos voos marcados entre as 16h00 e as 23h00. E foram mais de 80, no dia de ontem.
Segundo avança o site de notícias belga Aviation24, a principal causa dos problemas é a falta de pessoal no aeroporto. O FNV, grupo sindical que representa os trabalhadores do Schiphol, menciona que vários dos seus membros estarão a procurar outras oportunidades de emprego, depois do término do regime de compensação extraordinário oferecido durante os meses de verão, em que a infraestrutura também registou problemas similares devido á elevada procura e retoma do turismo.
"O subsídio de verão, um extra de 5,25 euros brutos por hora, parou no final de agosto", refere Joost van Doesburg, membro da administração do FNV, citado pelo Aviation24. “O subsídio ajudou assim a enfrentar os problemas, mas não fez desaparecer os problemas estruturais em Schiphol”, referiu.
O setor da segurança foi particularmente afetado pela falta de trabalhadores, o que explica em parte as longas filas. O aeroporto instaurou entretanto um sistema de compensação temporária para os passageiros que tenham perdido o seu voo no dia 12 devido aos atrasos, afirmando ainda estar disposto a reembolsar despesas com alojamento ou modos de transporte alternativos, caso tenham sido necessários.
Alguns passageiros partilharam fotografias nas redes sociais e relataram horas de espera. Um deles, no Twitter, acompanha a fotografia de uma longa fila com a legenda: "Este é o aeroporto de Schiphol, até aqui conhecido pela sua eficiência. Uma fila de vários quilómetros para chegar à segurança. Uma vergonha".
Também no Twitter, um vídeo filmado por outro passageiro procura retratar o cenário. Na legenda, pode-se ler: “Olá Amesterdão, se quiseres visitas tens de resolver Schiphol. Que vergonha”.
Texto de José Gonçalves Neves, editado por João Pedro Barros
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