Internacional

Guterres alerta para "preço horrível" que o Mundo paga pelos combustíveis fósseis

Carros e pessoas atravessam uma área inundada após fortes chuvas em Karachi, a cidade mais populosa do Paquistão, no dia 10 de agosto
Carros e pessoas atravessam uma área inundada após fortes chuvas em Karachi, a cidade mais populosa do Paquistão, no dia 10 de agosto
SHAHZAIB AKBER

O secretário-geral das Nações Unidas alertou hoje para o "preço horrível" que os países estão a pagar pela dependência mundial dos combustíveis fósseis, dando como exemplo o Paquistão agora devastado pelas cheias. Guterres apelou a que se “pare a guerra contra a natureza”.

"O Paquistão e outros países em desenvolvimento estão a pagar um preço horrível pela intransigência dos grandes emissores que continuam a depender dos combustíveis fósseis", disse António Guterres num tweet antes de visitar as áreas inundadas no sul daquele país.

"De Islamabad, faço um apelo global: acabem com esta loucura. Invistam agora nas energias renováveis. Parem a guerra contra a natureza", acrescentou.

Desde junho já morreram cerca de 1.400 pessoas nas cheias no Paquistão, que aumentaram de intensidade devido ao aquecimento global.

As chuvas torrenciais das monções cobriram um terço do país — uma área equivalente ao Reino Unido — destruindo casas, empresas, estradas, pontes e culturas agrícolas.

Guterres espera que a sua visita encoraje a comunidade internacional a fornecer apoio financeiro ao país, que estima que necessitará de, pelo menos, 10 mil milhões de dólares para reparar e reconstruir as infraestruturas danificadas ou destruídas.

A monção, que geralmente dura de junho a setembro, é essencial para irrigar plantações e repor os recursos hídricos do subcontinente indiano. Mas o Paquistão não vê uma precipitação tão intensa há pelo menos três décadas.


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