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Trudeau lamenta que esfaqueamentos se tenham “tornado muito comuns” no Canadá

Trudeau lamenta que esfaqueamentos se tenham “tornado muito comuns” no Canadá
BLAIR GABLE/Reuters

“Este tipo de violência não tem lugar no nosso país”, afirma o primeiro-ministro do Canadá

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, lamentou esta terça-feira que esfaqueamentos como os ocorridos no domingo, que causaram dez mortos e 15 feridos em duas comunidades da província de Saskatchewan, se tenham tornado “muito comuns” no país.

“Infelizmente, nos últimos anos, tragédias como estas tornaram-se muito comuns”, afirmou o governante na pista do aeroporto de Otava, dizendo estar “devastado”.

“Este tipo de violência não tem lugar no nosso país”, acrescentou.

Um dos suspeitos dos esfaqueamentos foi encontrado morto, sem ferimentos autoinfligidos, divulgou hoje a polícia canadiana.

Em conferência de imprensa, a polícia indicou que localizou o corpo de Damien Sanderson, enquanto o seu irmão, Myles Sanderson, continua desaparecido.

A comissária da Polícia Montada do Canadá, Rhonda Blackmore, alertou que Myles Sanderson pode estar ferido e é muito perigoso.

Rhonda Blackmore confirmou no domingo à noite que foram localizados “dez mortos em 13 locais” em duas comunidades da Nação James Smith Cree Nation e na cidade vizinha de Weldon, ambas em Saskatchewan, no centro do país.

De acordo com as investigações preliminares, algumas vítimas foram esfaqueadas intencionalmente, enquanto outras foram agredidas de forma aleatória.

As autoridades da Nação James Smith Cree declararam o estado de emergência e criaram dois centros de operações de emergência para "prestar apoio à saúde às três comunidades" na reserva.

Calvin Sanderson, chefe da comunidade Chakastaypasin, que faz parte da Nação James Smith Cree, disse que toda a comunidade foi afetada pelos esfaqueamentos. “Eram nossos familiares (…) é bastante horrível”, salientou.

As forças de segurança continuam a tentar localizar os presumíveis autores dos ataques de domingo Damien Sanderson e Myles Sanderson, de 31 e 30 anos, respetivamente.

A polícia de Regina referiu estar a trabalhar, com o apoio da Polícia Montada, em várias frentes para deter os suspeitos, tendo "mobilizado recursos adicionais para a segurança pública em toda a cidade”, de acordo com um comunicado.

Os suspeitos foram avistados pela primeira vez em Regina, capital de Saskatchewan, mas o alerta e as operações de busca estenderam-se às vizinhas províncias de Manitoba e Alberta, uma vasta região com metade do tamanho da Europa.

Rhonda Blackmore acrescentou que, além das dez vítimas mortais, várias pessoas ficaram feridas, 15 das quais tiveram de ser transportadas para diferentes hospitais.

A autoridade de Saúde de Saskatchewan, citada pela agência de notícias Associated Press, avançou que várias vítimas estavam a ser tratadas em diversos locais.

Os ataques são "horríveis e perturbadores", disse o primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau, na rede social Twitter.

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