4 setembro 2022 22:08

Religiosos evangélicos rezam com o Presidente Jair Bolsonaro e a sua mulher, Michelle, em agosto passado no Rio de Janeiro
mauro pimentel/afp/getty images
O importante eleitorado evangélico está na mira de Jair Bolsonaro e Lula da Silva durante a campanha para as eleições presidenciais de 2 e 30 de outubro
4 setembro 2022 22:08
“Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” é o lema de Jair Bolsonaro. Num país teoricamente laico, onde a separação entre igreja e Estado está expressa na Constituição de 1988, a frase diz muito sobre o uso da religião na política. Mais do que nunca, tem sido um dos pilares da campanha eleitoral para as presidenciais que se avizinham. Desde o início da campanha Michelle Bolsonaro, mulher do Presidente e evangélica fervorosa, assumiu papel de protagonista. As acusações contra Lula da Silva, o favorito nas sondagens, são variadas: dizem que ele vai fechar igrejas e perseguir cristãos e que sua mulher, Janja da Silva, é frequentadora de terreiros de umbanda, religião brasileira que combina elementos de crenças africanas, indígenas e cristãs.
Nas sondagens divulgadas esta semana pelo IPEC e pela TV Globo, as intenções de voto não mudam: 44% para Lula, 32% para Bolsonaro. No entanto, a “guerra religiosa” parece surtir efeito no grupo de evangélicos, entre os quais o Presidente cresceu de 47% para 48%, enquanto Lula caiu de 30% para 26%.