Internacional

Ucrânia: Contraofensiva e tensão nuclear a sul do país

2 setembro 2022 22:57

Salomé Fernandes

Salomé Fernandes

jornalista da secção internacional

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A Ucrânia tentou recuperar terreno na região de Kherson, mas a última semana de guerra não se disputou apenas por terra. Contou também com pressões diplomáticas e tensões nucleares

2 setembro 2022 22:57

Salomé Fernandes

Salomé Fernandes

jornalista da secção internacional

“Estamos a preparar-nos para uma nova semana. Vai ser muito ativa”, afirmou no domingo passado o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. No mesmo dia as autoridades ucranianas anunciaram o lançamento de uma contraofensiva em várias frentes na região de Kherson, no sul do país, que teria passado a primeira linha de defesa das tropas russas. A versão de Moscovo foi outra, com o Ministério da Defesa a dizer que a tentativa de ofensiva ucraniana “falhou miseravelmente”. O local não é isento de simbolismo: Kherson foi o primeiro distrito ocupado pelas forças invasoras.

O comandante João Fonseca Ribeiro, do Observatório de Segurança e Defesa da SEDES, antecipa que as tropas ucranianas recuperem algum território, mas recorda que se mantém uma desproporção militar entre as forças dos dois lados da guerra. Que esperar de uma contraofensiva ucraniana? O comandante aponta para uma ação de “desgaste continuado”, recorrendo a “maior agilidade”, mas procurando “evitar o choque frontal com as forças russas”.