Um soldado israelita foi esta sexta-feira esfaqueado na Cisjordânia por um cidadão palestiniano que foi, então, morto a tiro, indicaram as autoridades. O exército israelita disse que o atacante se aproximou de um grupo de soldados e esfaqueou um deles, sendo logo de seguida mortalmente baleado por outro soldado.
O militar israelita ferido com arma branca foi transportado para um hospital para receber tratamento médico. O exército indicou que o autor do ataque foi “neutralizado”, escusando-se a ser mais específico.
O Ministério da Saúde palestiniano disse mais tarde que o atacante tinha sido morto a tiro e que o exército israelita tinha o cadáver em sua posse, não tendo divulgado a respetiva identidade.
Os palestinianos têm realizado dezenas de ataques com armas brancas, armas de fogo e viaturas armadilhadas nos últimos anos. Uma série de ataques no início deste ano fez 19 mortos.
Entretanto, as Forças Armadas israelitas têm efetuado bombardeamentos na Cisjordânia quase todas as noites, afirmando destinarem-se a desmantelar redes de rebeldes. Os palestinianos dizem que tais operações visam manter a ocupação militar israelita de 55 anos dos territórios que eles desejam para formar um Estado independente.
Israel conquistou a Cisjordânia na Guerra do Médio Oriente de 1967 e construiu mais de 130 colonatos, onde residem quase 500.000 colonos judeus. Cerca de três milhões de palestinianos vivem na Cisjordânia, que pretendem seja a parte principal do seu futuro Estado.
O ataque de hoje ocorreu perto do extenso colonato judeu de Kiryat Arba, que fica próximo da cidade de Hebron – onde residem mais de 200.000 palestinianos.
Israel considera a Cisjordânia a região central histórica e bíblica do povo judeu. Os palestinianos veem os colonatos como o principal obstáculo à paz, e a maioria dos países considera-os ilegais.
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