Sobe para 104 o número de mortos nas inundações no Sudão
Água acumulada e as tempestades causaram o colapso total de quase 33.000 casas, enquanto outras 45.000 sofreram danos parciais
Água acumulada e as tempestades causaram o colapso total de quase 33.000 casas, enquanto outras 45.000 sofreram danos parciais
O número total de mortos devido às inundações no Sudão, desde o início da estação chuvosa do país em maio, subiu para 104, adiantaram esta quinta-feira as autoridades sudanesas.
“As inundações e chuvas provocaram a morte de 104 pessoas e deixaram cerca de 96 feridos”, informou o Conselho Nacional de Defesa Civil do Sudão, citado em comunicado.
Também destacou que a água acumulada e as tempestades causaram o colapso total de quase 33.000 casas, enquanto outras 45.000 sofreram danos parciais.
Além disso, 195 estabelecimentos públicos também foram afetados, incluindo hospitais e escolas.
No dia 21 de agosto, o Conselho de Ministros sudanês decretou estado de emergência em todo o país devido às inundações, que atingiram especialmente seis estados onde passa o rio Nilo.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) estima que até ao final de setembro, quando termina a estação chuvosa, cerca de 460 mil pessoas poderão ser afetadas.
Uma das temporadas de inundações recentes mais destrutivas foi a de 2020, que deixou 138 mortos, 900 mil afetados e 2,2 milhões de hectares de plantações destruídos, segundo a ONU.
O Sudão está sem um governo em funcionamento desde que um golpe militar em outubro de 2021 interrompeu o processo de transição democrática lançado após o derrube em 2019 do ditador Omar al-Bashir, na sequência de protestos populares.
A estação chuvosa do Sudão geralmente começa em junho e dura até ao final de setembro, com picos de inundações em agosto e setembro.
Mais de 80 pessoas morreram no ano passado em incidentes relacionados com inundações durante a estação chuvosa.
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