Internacional

Site bolsonaro.com.br transforma-se em manifesto contra Presidente brasileiro

Site bolsonaro.com.br transforma-se em manifesto contra Presidente brasileiro
D.R.

Falta de pagamento do domínio permitiu que alguém o comprasse para criticar Bolsonaro. Equipa do Presidente diz já ter identificado o novo proprietário

O site bolsonaro.com.br exibe, esta quarta-feira, uma página com críticas a Jair Bolsonaro, Presidente e recandidato às eleições de outubro no Brasil. Se até ao início de agosto este espaço digital defendia o desempenho do chefe de Estado, agora exibe-o como ditador e denuncia o seu pendor autoritário, caricaturando-o como o nazi Adolf Hitler.

Segundo a revista “Veja”, a equipa de Bolsonaro afirma ter identificado o novo proprietário do site, que terá comprado o domínio após falta de pagamento do mesmo pela campanha do Presidente. A campanha bolsonarista promete tomar “todas as providências legais” na Justiça criminal e no Tribunal Superior Eleitoral.

O jornal “Folha de São Paulo” afirma que em 2020 o site era usado para divulgar ações do Governo e estava registado em nome de uma empresa do Distrito Federal, a zona da capital, Brasília. A mudança de mãos terá acontecido a 11 de agosto último.

Louvores ao Governo pela gestão da pandemia ou iniciativas para reduzir impostos sobre produtos importados deram lugar a informações sobre atentados à democracia e ao processo eleitoral por Bolsonaro e o seu papel na divulgação de notícias falsas.

O site exibe também um relógio que desconta o tempo até ao que os seus promotores esperam que seja o fim do mandato do Presidente. Este sujeita-se a votos, tendo por adversário principal o ex-chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva (2003-11), nos próximos dias 2 e 30 de outubro.

O site assegura que “não é administrado e nem pertence à família Bolsonaro”. Os atuais proprietários explicam: “Este site é uma galeria de arte digital e acervo jornalístico relacionado à família Bolsonaro”.

A “Veja” adianta que algo parecido aconteceu ao site mulherescombolsonaro.com, cujo título surge agora interrogado e cujo conteúdo inclui casos de misoginia do chefe de Estado.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: pcordeiro@expresso.impresa.pt

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