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Ciberataque atinge instituições governamentais do Montenegro

Ciberataque atinge instituições governamentais do Montenegro
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Um ciberataque afetou as instituições governamentais do Montenegro. O país dos Balcãs pediur ajuda aos seus aliados para limitar os danos

Um ciberataque afetou as instituições governamentais do Montenegro, o que levou o país dos Balcãs a pedir ajuda aos seus aliados para limitar os danos.

Este é o segundo ciberataque recente no país, depois de uma primeira ação na sequência de uma moção de censura que derrubou o Governo, em 19 de agosto. Após uma reunião com o Conselho de Segurança Nacional, na sexta-feira, para decidir que medidas tomar, o chefe do Governo, que gere os assuntos da atualidade no país, não comentou as origens do ataque, embora o seu ministro da Defesa tenha apontado para a Rússia.

A Rússia acrescentou Montenegro à sua lista de “países inimigos” em março, depois de se ter alinhado com as sanções da União Europeia contra Moscovo devido à invasão da Ucrânia, em fevereiro. “Não pudemos ter a confirmação no conselho por pessoas competentes neste campo se um indivíduo, um grupo ou um Estado estariam por detrás [deste ataque], mas também não podemos excluir isso”, referiu Abazovic em conferência de imprensa, citado pela agência France-Presse (AFP).

Segundo o primeiro-ministro, os sistemas informáticos de várias instituições, entre as quais o Ministério das Finanças, foram “infetados”. “O Montenegro solicitará aos parceiros internacionais assistência especializada para eventualmente recuperar os dados perdidos neste ataque e para prevenir futuros ataques”, acrescentou.

Por sua vez, o ministro da Função Pública, Maras Dukaj, assegurou que as contas dos cidadãos e empresas, assim como os seus dados, “não estão sob ameaça”. O ministro da Defesa do país, Rasko Konjevic, argumentou que estes ataques são “muito sofisticados” e que “não podem ser levados a cabo por indivíduos”.

Segundo um ‘briefing informal’ da Agência Nacional de Segurança, citado pela comunicação social local, o ataque foi conduzido por “vários serviços russos” e “todas as infraestruturas críticas”, como os sistemas de abastecimento de eletricidade e água, estão em risco.

Por sua vez, as centrais elétricas passaram a ser operadas de forma manual.

A embaixada norte-americana no Montenegro emitiu um aviso para os seus cidadãos dizendo que os ciberataques poderão causar “perturbações nos setores dos serviços públicos, dos transportes (incluindo postos fronteiriços e aeroportos) e telecomunicações.

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