O primeiro grande atrito entre empresários bolsonaristas e o poder judiciário brasileiro aconteceu esta semana, na fase inicial da campanha eleitoral. Conversas privadas num grupo de empresários que revelam apoiar um golpe de Estado caso Lula da Silva seja eleito nas presidenciais deste ano, motivaram uma ação de busca e apreensão da Polícia Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal. A ordem partiu do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, que acabou de tomar posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre as mensagens, algumas têm este teor: “Prefiro golpe do que a volta do PT (Partido dos Trabalhadores, pelo qual Lula concorre). Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo”, escreveu José Koury, dono do Barra World Shopping. Já André Tissot, do Grupo Sierra, especializado em imóveis de luxo, disse: “O golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias do governo, em 2019 teríamos ganhado outros dez anos a mais”.
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