Angola: Forças Armadas de Cabinda mataram 11 militares em operação
Sete militares ficaram "gravemente feridos" e 11 foram mortos pelas Forças Armadas de Cabinda, anunciou o próprio comando militar que prometeu "prosseguir e intensificar" os ataques
Sete militares ficaram "gravemente feridos" e 11 foram mortos pelas Forças Armadas de Cabinda, anunciou o próprio comando militar que prometeu "prosseguir e intensificar" os ataques
O comando militar das Forças Armadas de Cabinda lançou esta quarta-feira de manhã uma operação contra uma patrulha das Forças Armadas de Angola, matando 11 militares e ferindo mais sete, e prometeu "prosseguir e intensificar" os ataques.
"O comando militar das Forças Armadas de Cabinda (FAC) informa que às 06h30 desta quarta-feira os comandos das FAC lançaram uma operação contra uma patrulha das Forças Armadas Angolanas (FAA) na base militar de Chingundo, município de Ntandu-Nzinzi, região de Tchiowa (Cabinda)", lê-se numa nota enviada à Lusa, na qual se acrescenta que "11 militares das FAA foram mortos e sete gravemente feridos".
No comunicado, as FAC explicam que "face à intransigência do Governo angolano com a sua postura belicista em Cabinda, recusando qualquer diálogo com a FLEC-FAC na busca de uma solução para pôr fim ao conflito em Cabinda, o Comando Militar das FAC informa que irá prosseguir e intensificar a ofensiva iniciada este domingo contra todas as posições do regime angolano e dos seus aliados, em todo o território de Cabinda".
O ataque das FAC surge depois de várias outras iniciativas do mesmo género, e acontece no dia em que Angola realiza eleições gerais, às quais concorrem oito forças políticas, com o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder) e União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) como principais adversários.
A Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) mantém há vários anos uma luta pela independência do território, de onde provém grande parte do petróleo angolano, alegando que o enclave era um protetorado português - tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885 - e não parte integrante do território angolano.
O Governo angolano recusa normalmente reconhecer a existência de soldados mortos resultantes de ações de guerrilha dos independentistas, ou qualquer situação de instabilidade naquela província do norte de Angola, sublinhando sempre a unidade do território.
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