O banco central chinês avançou com um corte de 0,1 pontos percentuais para 2,75% na taxa dos empréstimos a um ano que faz aos bancos, avançou a instituição em comunicado esta segunda-feira. O objetivo é combater a travagem da economia, pressionada pelos confinamentos da política 'covid zero' no pais, e aliviar a pressão no sistema financeiro numa altura em que têm surgido vários problemas no sector imobiliário.
A expetativa era que as taxas permanecem inalteradas, de acordo com os analistas ouvidos pela agência Bloomberg, e a decisão acabou por supreender numa altura em que a generalidade dos bancos centrais está a subir taxas. Foi a primeira descida desde janeiro. .
O corte reforça os sinais de ansiedade em Pequim com o arrefecimento da procura e do consumo provocado pela política anti-covid, em particular quando muitas das principais economias mundias estão em fase de desaceleração e várias correm até o risco de entrar em recessão.
Apesar dos planos de Pequim de injetar centenas de bilhões de dólares na economia para estimular o crescimento, a economia da China escapou por pouco de uma contração no segundo trimestre. De acordo com a edição desta segunda-feira do Financial Times, as estatísticas oficiais divulgadas na segunda-feira refletiram atividade pior do que o esperado do consumidor e da fábrica, à medida que o ritmo da recuperação económica do país de bloqueios abrangentes vacila.
As vendas no retalho, um importante indicador de consumo, aumentaram 2,7% em termos homólogos, enquanto a produção industrial, um motor de crescimento no início da pandemia, foi 3,8% maior.
Analistas previam aumentos de 5% e 4,6%, respetivamente. O desemprego jovem subiu para um recorde de 19,9%, aumentando a pressão sobre o governo de Xi Jinping para revigorar a economia.
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