Internacional

Taiwan: Exército chinês vai patrulhar “regularmente” as águas em torno da ilha

Helicóptero faz manobras de aproximação ao solo durante exercício militar, em Taiwan
Helicóptero faz manobras de aproximação ao solo durante exercício militar, em Taiwan
RITCHIE B. TONGO/EPA

“Não vamos dar espaço para que forças separatistas taiwanesas e potências estrangeiras alcancem os seus objetivos”, avisou o porta-voz do ministério da Defesa chinês

O Exército de Libertação Popular (ELP) “vai organizar patrulhas regulares de combate” nas águas ao redor de Taiwan, anunciou um porta-voz do exército chinês, citado hoje pela imprensa estatal.

Shi Yi, porta-voz do Comando do Teatro Leste, disse que os recentes exercícios militares chineses, que incluíram o uso de fogo real e lançamento de mísseis, “atingiram os seus objetivos” e “testaram efetivamente a capacidade de combate” das Forças Armadas chinesas.

Após a visita da líder do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi, a Taiwan, Pequim anunciou manobras militares ao redor da ilha, que duraram quase uma semana. Os exercícios, de uma intensidade inédita em várias décadas, incluíram o bloqueio do espaço aéreo e marítimo em seis áreas da costa de Taiwan. Taipé descreveu as manobras da China como um bloqueio da ilha e uma “irresponsabilidade”.

Shi Yi explicou que as forças do Comando de Operações do Teatro Oeste “vão proteger resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial” da China.

O porta-voz do ministério da Defesa chinês, Tan Kefei, afirmou que as manobras constituem um “poderoso impedimento às forças separatistas de Taiwan e à interferência estrangeira”, e acrescentou que as ações militares chinesas são “necessárias e justificadas para proteger a soberania de Taiwan”. Tan acrescentou que os exercícios militares foram realizados “de acordo com as leis e práticas nacionais e internacionais” e que o “processo de reunificação é imparável”.

“Estamos dispostos a exercer máxima sinceridade e os melhores esforços para alcançar a reunificação pacífica, mas o ELP não vai dar espaço para que forças separatistas taiwanesas e potências estrangeiras alcancem os seus objetivos”, concluiu.

Na semana passada, Pequim anunciou várias sanções contra Pelosi e suspendeu mecanismos de cooperação com Washington em questões judiciais, alterações climáticas, repatriação de imigrantes ilegais, assistência judiciária criminal e luta contra crimes transnacionais.

A China, que descreveu a visita de Pelosi como uma "farsa" e "deplorável traição", reivindica soberania sobre a ilha e considera Taiwan uma província rebelde, desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá, em 1949, depois de perderem a guerra civil contra os comunistas.

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