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Itália. Coligação de direita ganha terreno nas sondagens com 48,2% das intenções de voto

Giorgia Meloni, líder dos Irmãos de Itália
Giorgia Meloni, líder dos Irmãos de Itália
TIZIANA FABI/Getty Images

O partido ultranacionalista Irmãos de Itália, que já reclama o direito da sua líder, Giorgia Meloni, em assumir o cargo de chefe de Governo, obteria 24,2% dos votos, de acordo com uma sondagem publicada esta terça-feira pela rede Sky TG24

A aliança de direita e extrema-direita, liderada pelo partido Irmãos de Itália, aumentou a liderança nas intenções de voto para as legislativas antecipadas de setembro, depois da rutura no bloco à esquerda liderado pelo Partido Democrático, de Enrico Letta.

O partido ultranacionalista Irmãos de Itália, que já reclama o direito da sua líder, Giorgia Meloni, em assumir o cargo de chefe de Governo, obteria 24,2% dos votos, de acordo com uma sondagem publicada esta terça-feira pela rede Sky TG24.

No total, a coligação de direita somaria 48,2% dos votos, mais 2,2 pontos percentuais do que na anterior sondagem. Por outro lado, o bloco de centro-esquerda liderado pelo Partido Democrático (PD) está a recuar, de 33% para 28%, depois da saída do pequeno partido centrista Azione (Ação). O líder desta formação, Carlo Calenda, alegou falta de consenso e procura agora reposicionar-se.

O Movimento 5 Estrelas (M5S, anti-sistema) já deixou claro que vai concorrer sozinho nas eleições antecipadas de 25 de setembro, enquanto o ex-primeiro-ministro Matteo Renzi e o seu Italia Viva procuram atrair Calenda para um "terceiro bloco" alternativo que parece cada vez mais tangível.

O próprio Calenda tem-se mostrado disposto a falar com Renzi para tecer uma "proposta séria", como reconheceu em declarações ao Canal 5, e o jornal La Presse toma como certo o pacto, que já estaria muito avançado após as negociações entre representantes de ambas as partes.

Do lado conservador, tanto Meloni como o líder da Liga (extrema-direita), Matteo Salvini, ridicularizaram o "caos" que, na sua opinião, existe no bloco rival, enquanto o Força Itália, a formação do antigo primeiro-ministro Silvio Berlusconi, apresentou hoje uma campanha com a qual aspira a recuperar parte do terreno perdido nos últimos anos em benefício de formações mais radicais.

Berlusconi, no entanto, está em silêncio sobre o seu futuro político. "Veremos", disse numa rádio quando questionado sobre uma possível candidatura às eleições, depois de este ano ter falhado na tentativa em ser eleito Presidente de Itália.

O Governo de unidade nacional, ainda em funções, liderado pelo tecnocrata Mario Draghi, caiu quando perdeu o apoio de três dos partidos que o apoiavam - o M5S, o Força Itália e a Liga – num voto de confiança no parlamento, que desencadeou o pedido de demissão do primeiro-ministro, aceite a 20 de julho, e a antecipação das eleições para 25 de setembro.

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