Numa entrevista em maio de 2011, com o Project on Terrorism, um grupo de investigação, Tawfik Hamid, um ex-militante islâmico que agora estuda o tema, disse que, entre Bin Laden e al-Zawahri, este último era o líder mais influente. "Quando o ouvimos, podemos dizer claramente que ele tem ambição e que se dedica 100% a cumprir essa missão." Mas que missão era essa?
De cirurgião oftalmologista a - como muitas vezes é referido - principal ideólogo da Al-Qaeda -, a vida de Ayman al-Zawahiri será lembrada sobretudo por ter sido um dos "terroristas mais procurados" da América. Sobre o seu legado, disse Biden aquando do anúncio da morte, Ayman al-Zawahiri "deixou um rasto de assassinato e violência contra cidadãos norte-americanos".
Com o seu turbante branco e uma barba grisalha densa, a testa marcada pelos hematomas valorizados por alguns muçulmanos por denotarem devoção e serem sinais de orações frequentes, Ayman al-Zawahiri não tinha o carisma de Bin Laden, nem a mesma lendária riqueza familiar. No entanto, a sua importância para as redes jiadistas é indiscutível: de acordo com o jornal "The New York Times", Ayman al-Zawahiri é, há vários anos, descrito como a espinha dorsal intelectual da Al-Qaeda, assumindo funções como diretor de operações, relações públicas e um profundo influenciador que ajudou o saudita Bin Laden a aprimorar-se para passar de um pregador carismático a terrorista mortal com alcance global.
Artigo Exclusivo para assinantes
Assine já por apenas 1,63€ por semana.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes