24 julho 2022 9:18

As paramédicas Marichka e Vaselyna tratam de um ferido na frente de Seversk (Donbas)
Inalteradas sob o ataque dos projéteis russos — a que respondem os lança-foguetes mesmo ali ao lado —, paramédicas ucranianas contam ao Expresso o seu papel numa guerra de trincheiras que já leva cinco meses
24 julho 2022 9:18
Uma explosão faz saltar pequenos pedaços de metralha em redor de duas mulheres. Nenhuma delas se altera. São Marichka e Vaselyna, paramédicas que fazem parte do grande número de mulheres que arriscam a vida todos os dias para socorrer feridos na frente do Donbas. Uma delas está deitada no chão, sobre um colchão, debaixo de uma árvore. Ao lado, uma garrafa meia de água e uma caixa de chocolates.
A outra está em cima do capô da ambulância, a ler um livro. Àquela explosão seguem-se outras quatro, mas nenhuma das mulheres se deixa afetar pela proximidade dos projéteis. Não chegam sequer a vestir o colete antibalas.