

Os técnicos da Agência Estatal de Meteorologia (Aemet) confiam que esta terça-feira as circunstâncias meteorológicas se alterem e possa considerar-se encerrado o segundo episódio continuado de calor extremo deste ano em Espanha, que causou a morte a mais de 500 pessoas e uma devastadora vaga de incêndios rurais.
Se o clima ajudar, os serviços de combate a incêndios do Sistema Nacional de Emergências — mobilizados em toda Espanha a 70% das suas capacidades, incluindo os da Unidade Militar de Emergências (UME) — poderão encarar com perspetivas de êxito a luta contra mais de 30 focos de incêndio ativos, sobretudo no flanco atlântico do país. As chamas, autoalimentadas pela própria voracidade, mantêm-se em 30 pontos distintos e já afetaram 30 mil hectares. Cerca de 10 mil pessoas tiveram de ser retiradas das suas casas.
Os incêndios mais ferozes concentram-se na província de Zamora (Castela e Leão) e nas duas da Extremadura, Cáceres e Badajoz, perto da fronteira com Portugal. Na serra de Culebra (em Zamora), local de grande ecológico, que sofreu há um mês outro pavoroso incêndio, morreram duas pessoas: um bombeiro de 62 anos, apanhado pelas chamas nas proximidades da localidade de Losacio e um pastor encontrado pelas brigadas de combate ao fogo nos arredores de Tábara, povoação de mil habitantes, a quem a Proteção Civil advertira esta segunda-feira de manhã para ficarem em casa.
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