Internacional

Espanha e Marrocos reabrem fronteiras em Ceuta e Melilla encerradas há dois anos

Alfândega em Ceuta
Alfândega em Ceuta
Europa Press News/Getty Images

O chefe da diplomacia espanhola, José Manuel Albares, já tinha anunciado na quarta-feira à noite um "acordo definitivo" com as autoridades marroquinas para uma reabertura "nos próximos dias" das fronteiras de Ceuta e Melilla com Marrocos

Os postos de fronteira entre Marrocos e os enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla, fechados há mais de dois anos, vão reabrir em 17 de maio próximo, anunciou esta quinta-feira o Ministro do Interior espanhol. "Existe um acordo entre (...) os governos de Espanha e Marrocos para que as fronteiras de Ceuta e Melilla, as fronteiras terrestres, abram a 17 de maio às 00:00, ou seja, na [próxima] segunda-feira à noite", disse Fernando Grande-Marlaska.

Este processo será gradual e vai afetar inicialmente apenas os nacionais dos países Schengen, acrescentou o ministro, em declarações aos jornalistas em Madrid. A reabertura será alargada, "a partir de 31 de maio", para "todos os trabalhadores transfronteiriços", ou seja, os nacionais marroquinos que trabalham nestas duas cidades, acrescentou o ministro espanhol. Em Ceuta e Melilla estão as únicas fronteiras terrestres entre a União Europeia e o continente africano.

O chefe da diplomacia espanhola, José Manuel Albares, já tinha anunciado na quarta-feira à noite um "acordo definitivo" com as autoridades marroquinas para uma reabertura "nos próximos dias" das fronteiras de Ceuta e Melilla com Marrocos.

Marrocos fechou as suas fronteiras aéreas, terrestres e marítimas devido à crise da covid-19 a 13 de março de 2020. Em junho de 2021 reabriu as suas ligações marítimas com os portos em França e Itália, excluindo os de Espanha, com quem estava a atravessar uma crise diplomática.

O choque entre os dois países foi desencadeado pela hospitalização em Espanha do líder da Frente Polisário, Brahim Gali, e a posterior entrada de quase 10.000 imigrantes ilegais em Ceuta, em maio de 2021, com a passividade das autoridades marroquinas.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate