PM israelita dá liberdade de ação a forças de segurança depois de ataque palestiniano

“Não há, e não haverá, limites” para a guerra contra o terrorismo, afirmou Naftali Bennett
“Não há, e não haverá, limites” para a guerra contra o terrorismo, afirmou Naftali Bennett
O primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, disse esta sexta-feira ter dado “total liberdade de ação” às suas forças para “derrotar o terrorismo”, um dia depois de um ataque mortal perpetrado por um palestiniano no centro de Telavive.
“Demos total liberdade de ação ao exército, ao Shin Bet [agência de segurança israelita] e a todas as forças de segurança para derrotar o terrorismo. Não há, e não haverá, limites para esta guerra”, afirmou Bennett, numa conferência de imprensa na qual apareceu acompanhado pelo ministro da Defesa, Benny Gantz.
“Israel é o país mais poderoso da região. Os nossos inimigos sabem disso (...) As forças armadas e outras agências de segurança usarão todas as capacidades defensivas e ofensivas necessárias para conter esta onda de terrorismo”, acrescentou Gantz.
Desde 22 de março, o país foi atingido por quatro ataques, dois realizados por árabes israelitas ligados ao grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico e dois por palestinianos de Jenin, área ao norte da Cisjordânia ocupada e considerada reduto das fações armadas palestinianas.
O último ataque aconteceu na noite de quinta-feira, quando um palestiniano começou a disparar tiros num bar lotado de Telavive, matando dois israelitas e ferindo vários outros.
o agressor, que era da Cisjordânia, conseguiu escapar à polícia, originando uma caça ao homem que terminou esta manhã, quando o homem foi abatido, disseram as forças de segurança israelitas.
Centenas de agentes da polícia de Israel, unidades caninas e forças especiais do exército lançaram uma operação no centro de Telavive, procurando prédio a prédio em bairros residenciais densamente povoados.
A Shin Bet adiantou que as forças de segurança acabaram por encurralar o agressor numa mesquita no bairro de Jaffa, onde foi morto numa troca de tiros.
“Depois de uma noite difícil e de longas horas de atividade da polícia, do exército e do Shin Bet, conseguimos esta manhã fechar o círculo e matar o terrorista num tiroteio”, disse hoje o chefe da polícia de Israel, Kobi Shabtai.
O ataque ocorreu numa zona de diversão noturna, com os médicos a descrever cenas de pânico, com dezenas de pessoas a fugir depois dos primeiros tiros.
O serviço de emergência de Israel adiantou que os dois homens mortos tinham cerca de 30 anos e que pelo menos sete pessoas ficaram feridas, incluindo três em estado grave.
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