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Arábia Saudita: ataque a refinaria reivindicado por rebeldes houthis assusta comitiva da Fórmula 1

Arábia Saudita: ataque a refinaria reivindicado por rebeldes houthis assusta comitiva da Fórmula 1
Lars Baron/Getty Images

Explosão provocou incêndio que deflagrou numa refinaria de petróleo, em Jeddah, perto da pista onde vai decorrer este domingo uma prova do Mundial de Fórmula 1. Têm sido registadas outras ações em cidades sauditas nos últimos dias

Um ataque reivindicado pelos rebeldes houthis, do Iémen, provocou uma forte explosão, esta sexta-feira, numa refinaria de petróleo perto do circuito de Jeddah, onde vai decorrer este domingo uma prova do Mundial de Fórmula 1, noticia a Al Jazeera.

As autoridades sauditas ainda não se pronunciaram sobre a situação, que ocorreu numa instalação da Aramco - a maior companhia do ramo do mundo em termos de reservas de crude e de produção -, localizada perto de um local também atacado pelos rebeldes houthis, do Iémen, nos últimos dias.

Em comunicado, a empresa responsável pela organização da Fórmula 1 referiu "estar a aguardar mais informação das autoridades sobre o que aconteceu".

As instalações da companhia estatal saudita em Jeddah armazenam gasóleo, gasolina e outros combustíveis para uso na cidade, a segunda maior do reino, representando mais de um quarto de todo o armazenamento destes produtos na Arábia Saudita e também fornecendo combustível para uma central regional de dessalinização.

Outros ataques foram reivindicados pelos rebeldes houthis em cidades como Riade, capital da Arábia Saudita, Dhahran e no sudoeste do país, perto da fronteira com o Iémen.

Um porta-voz militar dos houthis, Yahya Sarea, disse numa mensagem televisiva que os rebeldes lançaram um ataque com mísseis contra "as instalações da Aramco em Jeddah e outras instalações vitais na capital do inimigo saudita, Riade".

Esta nova vaga de ataques que os houthis têm efetuado periodicamente contra objetivos no país vizinho em resposta à sua intervenção no Iémen ocorreu apenas cinco dias após outras operações semelhantes que atingiram sete instalações estratégicas, incluindo cinco de gás e de petróleo.

Na sequência destes ataques, que atingiram a produção de uma refinaria e provocaram um incêndio numa estação de distribuição petrolífera, Riade advertiu que estas ações poderiam afetar o seu fornecimento de petróleo.

Isto num momento em que os preços do crude registaram um importante aumento devido ao conflito na Ucrânia, e quando os países consumidores tentam pressionar a Arábia Saudita, o maior exportador mundial desta fonte de energia, e outros países do Golfo Pérsico, a aumentarem a sua produção.

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