Um ataque reivindicado pelos rebeldes houthis, do Iémen, provocou uma forte explosão, esta sexta-feira, numa refinaria de petróleo perto do circuito de Jeddah, onde vai decorrer este domingo uma prova do Mundial de Fórmula 1, noticia a Al Jazeera.
As autoridades sauditas ainda não se pronunciaram sobre a situação, que ocorreu numa instalação da Aramco - a maior companhia do ramo do mundo em termos de reservas de crude e de produção -, localizada perto de um local também atacado pelos rebeldes houthis, do Iémen, nos últimos dias.
Em comunicado, a empresa responsável pela organização da Fórmula 1 referiu "estar a aguardar mais informação das autoridades sobre o que aconteceu".
As instalações da companhia estatal saudita em Jeddah armazenam gasóleo, gasolina e outros combustíveis para uso na cidade, a segunda maior do reino, representando mais de um quarto de todo o armazenamento destes produtos na Arábia Saudita e também fornecendo combustível para uma central regional de dessalinização.
Outros ataques foram reivindicados pelos rebeldes houthis em cidades como Riade, capital da Arábia Saudita, Dhahran e no sudoeste do país, perto da fronteira com o Iémen.
Um porta-voz militar dos houthis, Yahya Sarea, disse numa mensagem televisiva que os rebeldes lançaram um ataque com mísseis contra "as instalações da Aramco em Jeddah e outras instalações vitais na capital do inimigo saudita, Riade".
Esta nova vaga de ataques que os houthis têm efetuado periodicamente contra objetivos no país vizinho em resposta à sua intervenção no Iémen ocorreu apenas cinco dias após outras operações semelhantes que atingiram sete instalações estratégicas, incluindo cinco de gás e de petróleo.
Na sequência destes ataques, que atingiram a produção de uma refinaria e provocaram um incêndio numa estação de distribuição petrolífera, Riade advertiu que estas ações poderiam afetar o seu fornecimento de petróleo.
Isto num momento em que os preços do crude registaram um importante aumento devido ao conflito na Ucrânia, e quando os países consumidores tentam pressionar a Arábia Saudita, o maior exportador mundial desta fonte de energia, e outros países do Golfo Pérsico, a aumentarem a sua produção.
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