Madeleine Albright, a primeira mulher a desempenhar o cargo de secretária de Estado na administração norte-americana, morreu esta quarta-feira aos 84 anos. A morte foi confirmada através de um e-mail para a equipa do Albright Stonebridge Group, uma empresa de estratégia global fundada por Albright.
Madeleine Albright morreu vítima de cancro, revelou fonte da família à agência de notícias Associated Press (AP).
“Estava rodeada da família e dos amigos. Perdemos uma mãe, avó, irmã, tia e amiga”, escreveu a família, num comunicado partilhado no Twitter.
Madeleine Albright nasceu em Praga, a 15 de maio de 1937, na altura com o nome Marie Jana Korbel.
Filha de judeus, foi obrigada a fugir para Londres juntamente com a sua família quando a Alemanha nazi ocupou a Checoeslováquia em 1939.
Depois da Segunda Guerra Mundial, regressou à Checoslováquia, mas acabou por abandonar novamente o país devido ao domínio soviético do país e ao regime comunista instalado em Praga. Assim, em 1948, começou a aventura norte-americana da família Korbel e de Madeleine Albright.
Albright foi uma figura central no governo do presidente Bill Clinton, primeiro servindo como embaixadora dos EUA nas Nações Unidas antes de se tornar a principal diplomata do país no segundo mandato daquele presidente, recorda a CNN.
O Presidente Bill Clinton (1993-2001) escolheu em 1996 Albright como a chefe da diplomacia norte-americana, cargo que desempenhou nos últimos quatro anos da administração do ex-chefe de Estado democrata.
Na altura, Albright tornou-se a mulher a ocupar o mais alto cargo político na história dos Estados Unidos, mas nunca esteve na linha de sucessão para a presidência, por ser natural da antiga Checoslováquia.
Madeleine Albright defendeu a expansão da NATO e pressionou para que a aliança interviesse nos Balcãs para impedir o genocídio e a limpeza étnica, procurou reduzir a disseminação de armas nucleares e defendeu os direitos humanos e a democracia em todo o mundo.
Madeleine Albright assumiu a política externa dos EUA de 1997 a 2001, entre o fim da Guerra Fria e a Guerra ao Terror desencadeada pelos ataques de 11 de setembro de 2001.
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