Internacional

Homicida que enfrentou terrorista na London Bridge recebe perdão de Isabel II

Homicida que enfrentou terrorista na London Bridge recebe perdão de Isabel II
Dan Kitwood/Getty Images

Steven Gallant, de 42 anos, condenado em 2005 a uma pena de 17 anos de prisão pelo assassinato de um bombeiro, vê a pena reduzida em 10 meses

Corria o ano de 2005 quando Steven Gallant tinha sido condenado a 17 anos de prisão pelo assassinato de um bombeiro, na cidade de Hull. Em novembro do ano passado, o britânico de 42 anos gozava o primeiro dia de liberdade condicional, quando subitamente se tornou num herói.

Tudo aconteceu na London Bridge, na sexta-feira do dia 29, dia em que Usman Khan atacou várias pessoas com uma faca. O homem de 28 anos, que havia estado preso por práticas terroristas, acabou por ser confrontado por Steven Gallant, que de forma corajosa ajudou a travar o atacante.

Steve Gallant foi elogiado por ter arriscado a vida e, agora, pode ver a sua pena reduzida em dez meses, através de um perdão real, com a possibilidade de solicitar liberdade condicional até ao próximo mês de junho.

A rainha Isabel II foi aconselhada a perdoar o crime de Gallant, uma vez que as “ações excecionalmente corajosas” do condenado contribuíram para salvar muitas vidas.

O caso torna-se mais extraordinário por se tratar de um raro exemplo de redução de pena a ser aplicada a um assassino no Reino Unido. De forma ainda mais impressionante, a própria família do bombeiro morto por Steven Gallant apoia a decisão de libertar o homicida mais cedo.

O filho da vítima confessa ter “emoções confusas, mas o que aconteceu na London Bridge mostra que, de facto, as pessoas podem mudar”, acrescentando que não descarta a hipótese de se encontrar com o assassino do pai no futuro.

O advogado de Steven Gallant já disse que o seu cliente “sente uma dívida de gratidão para todos aqueles que o ajudaram a obter um perdão real de misericórdia”, frisando que Steven é atualmente um “apaixonado por usar o seu conhecimento e experiência para ajudar outras pessoas”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: amcorreia@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate