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Cada hora conta porque por dia há 400 mil crianças que não comem nada: uma tragédia em curso

Mais de 12 milhões de crianças estão permanente em risco de passarem fome no Iémen
Mais de 12 milhões de crianças estão permanente em risco de passarem fome no Iémen
AHMAD AL-BASHA/getty

Desvio de ajuda humanitária para o mercado negro, burocracia incontornável e escolhas ideológicas sobre quem pode ou não receber esses mantimentos vitais: o estrangulamento à entrada de ajuda no Iémen, onde 80% da população não sobrevive sem ela, está a provocar um congelamento de doações. Os rebeldes houthi são o alvo da maioria das críticas mas não há inocentes no mais recente relatório da Human Rights Watch sobre a maior crise humanitária do mundo

A guerra no Iémen transformou este país no sudoeste da Península Arábica no pior lugar em todo o mundo para se viver porque esse verbo, para milhões de pessoas, não tem o mesmo significado lá que tem aqui, para quem vê, deste lado pacífico do mundo, o que está a acontecer. E é preciso que continuemos a ver, pelo menos é isso que pede repetidamente Amhed Benchemsi, um dos responsáveis da Human Rights Watch para o Médio Oriente e Norte de África e que analisa para o Expresso o último relatório da organização não-governamental sobre o situação caótica no país.

“Nesta conversa vamos falar de questões burocráticas, de desvio de fundos, de problemas na entrega de ajuda porque, de facto, é isso que diz o relatório. Mas o mais importante é que as pessoas saibam que os milhões de crianças que não morrerem de cólera, difteria, dengue, sarampo ou subnutrição extrema, as que se salvarem disso, se é que isso se pode dizer assim, podem ainda assim nunca chegar à idade adulta com saúde para viverem uma vida normal. O Iémen é uma tragédia guardada também para o futuro”, começa por dizer.

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