Internacional

Receber 1600 euros para não fazer nada? É a proposta de uma Universidade alemã

O projeto de "inatividade ativa" é concebido como uma forma de ajudar a perceber os efeitos negativos da atividade humana no mundo. Algo que se tem de levar a sério, e portanto merece um esforço

Subsídios para não fazer nada. Parece o sonho dos preguiçosos, e é o argumento que usam os inimigos do estado social, ou pelo menos de algumas categorias de pessoas que supostamente abusam dele. Uma universidade alemã resolveu transformar a ideia num projeto sério.

Cidadãos de toda a Alemanha podem candidatar-se a bolsas de 1600 euros em qualquer área de "inatividade ativa", a fim de promover a reflexão sobre dois valores contemporâneos importantes - o do sucesso e o da sustentabilidade - e as tensões que há entre eles. O objetivo último é identificar atividades que tenham o menor efeito negativo possível sobre a vida das outras pessoas.

Segundo o diário britânico "The Guardian", na candidatura os candidatos devem explicar o que é que querem não fazer, durante quanto tempo, porque é que é especialmente importante não fazer isso, e porque é que aquele candidato é a pessoa certa para tal. Os formulários devem ser remetidos para a Universidade de Belas Artes de Hamburgo, que criou o projeto.

Conforme reconhece o arquiteto responsável pela ideia, não fazer nada está longe de ser fácil, ao contrário do que parece. Entre os exemplos que ele dá: não se mexer, não pensar, não dormir e não comprar nada. Alguns serão à partida mais difíceis de cumprir do que outros, mas todos implicam os seus desafios.

Os subsídios serão pagos em janeiro, quando as pessoas apresentarem o seu "relatório de experiência", mas antes, em novembro, haverá uma exposição onde as candidaturas poderão ser vistas. Título: A Escola da Inconsequencialidade: Para uma Vida Melhor".

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