3 janeiro 2020 12:15

abedin taherkenareh
Ação autorizada por Donald Trump está a provocar reações pelo mundo inteiro. Na capital do Irão, um dos países visados no ataque, dezenas de milhares de pessoas saíram à rua esta sexta-feira
3 janeiro 2020 12:15
Milhares de pessoas estão nas ruas da capital iraniana Teerão a homenagear Qassem Soleimani, comandante da força de elite Al-Quds, os Guardas da Revolução, assassinado na noite desta quinta-feira, na sequência de um ataque aéreo de um drone norte-americano, autorizado por Donald Trump. Há muito tido como herói nacional, Soleimani é lembrado esta tarde na capital (mais três horas e meia do que em Lisboa), mas também no resto do país, em centenas de cidades, como conta o corresponde da CNN no Irão, Ramin Mostaghim.
Nas imagens, também visíveis na conta de YouTube da Euronews, veem-se lágrimas e escutam-se gritos de revolta. A palavra de ordem é a mesma que os líderes iranianos, tal como os do Iraque, têm repetido: “vingança”.





A morte do general iraniano está a suscitar não só condenação, como revolta em vários países e organizações do Médio Oriente. Além das reações dos responsáveis políticos de alguns destes países, há grupos e movimentos radicais a pedir uma intervenção imediata e musculada como resposta ao ataque norte-americano.
Os rebeldes Huthis do Iémen, apoiados por Teerão, pediram “represálias rápidas e diretas”, ao passo que o líder do movimento xiita libanês Hezbollah, também aliado do Irão, prometeu “uma justa punição” aos “assassinos criminosos” responsáveis pela morte do general iraniano. Já o movimento islâmico Hamas, no poder na Faixa de Gaza, um enclave palestiniano com dois milhões de habitantes, condenou o ataque norte-americano contra “o mártir” Qassem Soleimani, “um dos mais eminentes chefes de guerra iranianos”. Reação semelhante à da Frente Popular de Libertação da Palestina, grupo armado que pediu uma resposta “coordenada” das “forças de resistência” na região.