A Scotland Yard defendeu a decisão que havia tomado de suspender as investigações às suspeitas de tráfico sexual a Jeffrey Epstein. A acusação ao multimilionário foi feita por Virginia Giuffre, uma mulher que alegadamente foi levada num esquema ilegal para o Reino Unido e com quem o príncipe André terá tido relações sexuais.
A mulher tinha esta semana criticado a polícia metropolitana por não ter dado continuidade à queixa que já havia apresentado em 2015. Agora, a Scotland Yard justifica a suspensão do processo com o facto de a investigação ser “maioritariamente focada em atividades e relações fora do Reino Unido”.
A mesma polícia confirmou que deu entrada uma “queixa não recente” de suspeitas de exploração sexual contra Epstein e que envolvem “acontecimentos fora do Reino Unido e alegações de tráfico para o centro de Londres em Março de 2001”.
“Concluímos que o Serviço da Polícia Metropolitana não era a autoridade apropriada para conduzir esta investigação naquelas circunstâncias e, em novembro de 2016, foi então tomada a decisão de não avançar com uma investigação criminal”, justificou a Scotland Yard.
Virginia Giuffre diz que foi levada para Londres aos 17 anos num esquema de tráfico sexual. Garante, também, que esteve três vezes com o príncipe André. É ainda uma das 16 mulheres que declararam ter sido vítimas de abusos de Epstein. Outra mulher, identificada como Johann Sjoberg, afirmou nos Estados Unidos que o príncipe lhe terá tocado nos seios quando estavam sentados num sofá em casa de Epstein em Manhattan, em 2001.
O palácio de Buckingham chegou a afirmar no passado que estas acusações eram "falsas" e "sem fundamento", e que "qualquer sugestão de conduta inapropriada com menores" não era verdadeira.
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