Internacional

América Latina: O ‘laboratório’ do Papa Francisco

Os bispos sugerem a Francisco que estude o fim do celibado na Amazónia

remo casill i/ reuters

Sínodo defende novo “pecado ecológico” por ação ou omissão. A primeira e mais extensa parte do documento sinodal é dedicada à violência e aos “depredadores” da Amazónia, privados e públicos, o que constitui a ­maior denúncia de uma instituição mundial sobre “o derramamento de sangue inocente e a criminalização da Amazónia”

1 novembro 2019 23:15

Rossend Domènech

correspondente em Roma

No passado sábado, o Expresso noticiava que a ordenação de padres casados “não é para já”. Nesse dia soube-se que o documento aprovado no Sínodo da Amazónia admitia, afinal, essa possibilidade. Há que explicar a nuance. Não está automaticamente dada autorização a padres casados, nem sequer na Amazónia. O texto votado pelos bispos apenas “propõe” essa hipótese a Francisco.

Dentro de meses o Papa publicará um documento oficial. É nele que podera autorizar, entre outras coisas, a ordenação de padres casados e “diáconos permanentes” na remota região da Amazónia, que abrange nove países e conta com 33 milhões de habitantes. Estes incluem 130 povos indígenas (cerca de 2,5 milhões de pessoas), alguns isolados da chamada civilização, cujos católicos são visitados por um sacerdote uma ou duas vezes por ano, alguns a cada dois anos.

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