Um voo doméstico da EgyptAir, que partiu ao início da manhã desta segunda-feira de Alexandria para o Cairo, foi sequestrado por um homem que disse ao piloto ter consigo um cinto de explosivos, forçando o desvio do voo MS181 para o aeroporto cipriota de Larnaca.
O pirata do ar tinha sido identificado pela televisão estatal cipriota como sendo Ibrahim Samaha, um cidadão egípcio que é professor de medicina veterinária e que, avançaram os media britânicos, já desmentiu as acusações, dizendo ser um dos passageiros que entretanto foram libertados.
Notícias iniciais tinham dado conta de que o suspeito bombista desviou o avião para exigir asilo político em Chipre, mas novas informações avançadas pelas 10h30 em Lisboa apontam como motivo do desvio uma tentativa do suspeito "contactar a ex-mulher", que vive na ilha da União Europeia.
Perante a ameaça de bomba dentro do Airbus A320, o aeroporto cipriota foi encerrado e o avião foi forçado a aterrar numa zona especial isolada de Larnaca, que dista cerca de 50 quilómetros da capital de Chipre, Nicósia. Todos os voos com aterragem prevista nesse aeroporto estiveram a ser redirecionados para o aeroporto internacional de Paphos.
A CNN grega tinha inicialmente noticiado que o avião partiu de Alexandria em direção à capital egípcia com 81 passageiros a bordo, mas segundo a SkyNews e as autoridades egípcias são 55 os passageiros, a par de sete tripulantes da companhia. O mesmo canal avança que quatro britânicos, um irlandês e dez norte-americanos viajavam a bordo do voo MS181, sem especificar se se tratam de passageiros ou membros da tripulação.
Pelas 12h em Nicósia (menos duas horas em Portugal continental), o suspeito já tinha libertado quase todos os passageiros, mantendo reféns quatro estrangeiros e os sete membros da tripulação, avançou a EgyptAir na sua conta oficial de Twitter. Essa informação foi entretanto retificada pelas autoridades egípcias, que dizem que sete pessoas continuam reféns, incluindo três passageiros.
A essa hora, o Presidente cipriota, Nicos Anastasiades, confirmou em declarações públicas que o desvio do voo egípcio "não está relacionado com terrorismo", citando "motivos pessoais" do suspeito sem avançar mais pormenores.
Meia hora depois, em conferência de imprensa, o ministro egípcio da Aviação Civil confirmou que seguiam a bordo do voo 55 passageiros "de várias nacionalidades", declarando que a situação em Larnaca continuava a ser gerida levando a sério a ameaça de bomba do suspeito.
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