Em 1975, não havia CMVM, a economia era regulada a partir de Moscovo, Lisboa só batia Pyongyang no comprimento das patilhas e o erário público cabia todo na pochete de Álvaro Cunhal. Na manhã de 25 de novembro, o sol nasceu duas vezes e um arraial liberal fez frente a uma manif da Fenprof, num movimento em pinça à Penim, um acontecimento que os historiadores consideram precursor da queda do Muro e da fase fadista de Madonna. Além de ter aberto caminho à liberalização da venda de bolas de Berlim nas praias, o 25 de novembro impediu que Paulo Raimundo fosse hoje presidente da república popular portuguesa e cotou o país em bolsa conforme comunicação do Dr. Proença ao mercado. (Texto ditado ao IP por Cotrim de Figueiredo e revisto por Camilo Lourenço.) M.B.