Universidades e cidades devem trabalhar em conjunto pelo bem do ensino e do território

Conheça as ideias principais da sessão:

• Por um lado, há um parte teórica (questões de preservação do património, mobilidade, entre outras) em que as universidades “são fundamentais”, garante Inês de Medeiros. Por outro, alunos, professores, investigadores e comunidade universitária no seu todo são “agentes de dinamização e inovação do território”;
• Levar a universidade à cidade e trazer a universidade à cidade tem sido um lema a seguir pela Câmara Municipal de Almada;
• O Innovation District é um projeto que vai nascer em Almada e que terá como epicentro o campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT NOVA). No fundo, é uma nova “cidade”, que se pretende que seja um polo de desenvolvimento sustentável, com todas as garantias de mobilidade. Prevê-se que o projeto traga 4 mil e 500 novos moradores e 17 mil postos de trabalho qualificados, explica a autarca;
• “O país precisa de consolidar destinos universitários”, garante Emídio Gomes, sendo também o desejo do reitor para a sua região, que esta se torne num desses destinos;
• Sabendo que a região de Trás-os-montes e Alto Douro perdeu quase 70% da população, nos últimos 50 anos, e tendo em conta as características demográficas do país (cada vez mais envelhecido), acentua-se a necessidade de tornar a região atrativa do ponto de vista académico para que esta se mantenha dinâmica e ativa;
• O ensino superior fixa população, qualifica emprego e, se se articular com a sociedade e a atividade económica, o país terá mais futuro;
• Colocar residências fora dos polos universitários, construindo-as nos centros das cidades, pode ser uma forma profícua de aproximar a academia da autarquia, melhorando a experiência de ambos;
• Para Emídio Gomes, ter uma oferta de residências do sector público elevada é fundamental para criar um destino universitário. “Temos 5 projetos aprovados no âmbito do PRR. Vamos triplicar a oferta de camas”;
• Sem uma articulação forte entre o município e a universidade, ambos terão mais dificuldade em ser bem-sucedidos;
• “As universidades têm que voltar a ser polos de criação artística”, sugere Inês de Medeiros, porque é através da inovação cultural que existe inovação social;
• Amesterdão, Bruxelas, Bordéus ou Salamanca são locais apontados pelos oradores como bons exemplos no que toca à aproximação das universidades com as cidades;
• As universidades devem ser “espaços de liberdade” onde todos possamos “continuar a sonhar”, concluem Inês de Medeiros e Emídio Gomes.