Entre 63 países, Portugal ocupava em dezembro de 2022 a 24ª posição no que se refere à competitividade do talento, de acordo com o ranking mundial World Competitiveness Center 2022 do IMD (International Institute for Management Development), tendo subido duas posições face à edição do ano anterior.
No entanto, segundo a mesma fonte, em matéria de atratividade o país ocupa o 40º lugar, numa lista liderada pela Suíça, Suécia e Islândia. Isto significa que as competências nacionais são interessantes para os empregadores internacionais, mas que a dificuldade em atrair talentos para as empresas que atuam em território nacional é bastante maior. Aliás, de acordo com o Talent Shortage Survey 2022, da ManpowerGroup, Portugal é o segundo país do mundo onde os empregadores têm mais dificuldade em contratar, com 85% dos empregadores a revelar dificuldade em encontrar o talento de que necessitam. Os salários baixos, quando comparados com o que se paga para funções idênticas noutros países, são uma das explicações para estes números, mas não a única.
“Há um caminho de aceleração que tem que passar por ambientes mais diversificados, com backgrounds científicos diversos, e ambientes de experimentação pura, para inovar”, aponta Ana Casaca
Como inverter estes números? Que valor se constrói, para Portugal, se tivermos maior capacidade de atração de talento tech? De que forma podem as universidades e o ensino em geral contribuir para capacitar e desenvolver competências nas áreas da inovação e do empreendedorismo e trabalhar com o mundo empresarial em desafios de negócio concretos? E como se estimula uma cultura de empreendedorismo dentro de organizações estabelecidas? Estas e outras questões serão debatidas e analisadas na conferência “Intraempreendedorismo e Inovação: o papel do Tech Talent”, organizada pela Fujitsu/CHRLY, com o apoio do Expresso, a que pode assistir esta quinta-feira, 20 de abril, a partir das 9h30, em direto na página de Facebook do jornal.
“Não é possível inovar sozinho”
Metade das tecnologias de que necessitaremos no futuro ainda não existem ou estão em prototipagem. Isto significa que a inovação é um sentido obrigatório no percurso de qualquer empresa que queira manter-se competitiva. No sector energético, explica Ana Casaca, “para fazer o caminho da descarbonização e da inovação precisamos de competências que não temos internamente”. Para a responsável pela área da inovação na Galp, que será uma das participantes na conferência desta quinta-feira, “não vamos fazer inovação sozinhos. Precisamos de testar as soluções em colaboração”. É por isso que destaca a importância da introdução de uma cultura mais diversificada e aberta a receber a colaboração de outros – academia, outras empresas, etc. - o que exige, como reconhece, alguma mudança de mentalidades nas organizações. Esta abertura nas empresas acaba por funcionar como um fator de atratividade de talento, especialmente das novas gerações.
Mas o sector energético terá pela frente desafios comuns a outras organizações. Durante o debate serão partilhadas as visões de quem acompanha start ups, seguradoras, infraestruturas e academia.
é a percentagem de empregadores com dificuldade de recrutar talento especializado em Portugal. O país é o segundo no mundo com mais escassez de recursos qualificados
O que é?
A conferência “Intraempreendedorismo e Inovação: o papel do Tech Talent” pretende debater e analisar a importância do talento especializado na vertente tecnológica, e a sua importância para processos de inovação criadores de valor e para a dinamização de um novo tipo de empreendedorismo intraempresas.
Quando, onde e a que horas?
Quinta-feira, 20 de abril, às 9h30 com transmissão em direto no Facebook do Expresso.
Quem são os oradores?
- Ana Casaca, Global Head of Innovation, GALP
- José Ferrari Careto, CEO, E-REDES
- António Dias Martins, Executive Director, Startup Portugal
- Teresa Rosas, Diretora de IT, Fidelidade
- Pedro Oliveira, Dean, Nova SBE
Porque é que este tema é central?
Numa altura em que o desafio da escassez de talentos é um dos que mais preocupa os gestores a nível global, a capacidade de encontrar e de formar os recursos à medida das necessidades das empresas é uma mais-valia para empregadores e para quem está à procura de desenvolver uma carreira. O sector das Tecnologias da Informação é um dos que mais padece desta escassez, e aquele em que as competências necessárias mais evoluem, agravando o desafio.
Este evento servirá ainda para apresentar ao mercado a CHRLY, uma start up que nasce do universo Fujitsu, com o propósito de recrutar e formar talento tecnológico, facilitando os processos de recrutamento às empresas.
Onde posso assistir?
Simples, clicando AQUI.
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