Projetos Expresso

"A tecnologia tem que tomar uma ação maior dentro das infraestruturas"

A cibersegurança e os riscos acrescidos que empresas e instituições governamentais enfrentam estiveram em destaque na mais recente reunião do Conselho de Segurança, que teve lugar no edifício da Impresa

"A tecnologia tem que tomar uma ação maior dentro das infraestruturas"

Tiago Oliveira

Jornalista

"A tecnologia tem que tomar uma ação maior dentro das infraestruturas"

Nuno Fox

Fotojornalista

Loading...

O perigo digital paira cada vez mais sobre o tecido económico e no ambiente geopolítico, com impacto visível no quotidiano e na gestão empresarial e governativa. Num ambiente de grande instabilidade, a cibersegurança é um fator-chave e cabe às instituições preparam-se para enfrentar as ameaças crescentes e não colocar em risco o seu negócio.

Mas a responsabilidade não se fica apenas pelos organismos privados e públicos. Os especialistas que se reuniram para mais um debate do Conselho de Segurança - projeto que para o tópico da cibersegurança junta o Expresso à Altice - garantem que tem que haver uma aposta forte na consciencialização dos utilizadores para que os seus dados pessoais não sejam comprometidos, e para que se mantenham sempre atualizados perante os novos desafios.

Um panorama desafiante que esteve em discussão num evento moderado por Martim Guimarães Silva, diretor adjunto do Expresso, e que contou com a participação de José Alegria, chief information security officer da Altice Portugal; Pedro Batista, diretor regional das Comunicações e Transição Digital do Governo Regional dos Açores; Miguel Rodrigues, diretor de Sistemas de Informação da Asseco; Rui Duro, country manager da Checkpoint; Paulo Pinto, business development manager (Cloud & OT) da Fortinet; Paulo Vieira, country manager da Palo Alto; e Mário Casas, regional sales manager da Zscaler.

Conheça as principais conclusões do debate.

Risco acrescido

  • Os ciberataques aumentarem de número e escala nos últimos dois anos.
  • Pandemia, aumento do teletrabalho, guerra na Ucrânia e maior integração dos sistemas digitais estão entre os principais fatores.
  • “Governança, prevenção, proteção, deteção e resposta, e recuperabilidade” são os principais pontos de análise para as empresas e insituições públicas, refere José Alegria.

Falta de recursos humanos

  • Há poucas pessoas formadas e com experiência no ramo para as necessidades da cibersegurança, garantem os intervenientes.
  • Aponta Paulo Vieira que “há um défice de pessoas a trabalhar na área, andamos a reciclar recursos humanos”.
  • É necessário apostar mais na formação de recursos humanos que percebam a dimensão do problema e saibam tomar medidas eficazes de proteção.

Consciencialização

  • "Desconhecimento e falta de informação" estão entre os principais aliados do cibercrime, sintetiza Rui Duro.
  • Os responsáveis empresariais e públicos acreditam que é necessário consciencializar de forma mais clara os utilizadores digitais para que estes percebam os cuidados que podem tomar.
  • “Deve ser um dos assuntos principais nas empresas e na sociedade”, lembra Mario Casas.

Investimento

  • "A tecnologia tem que tomar uma ação maior dentro das infraestruturas", afirma Paulo Vieira.
  • O investimento em Portugal neste campo ainda é reduzido e deve ser aumentado para que os resultados melhorem.
  • Para Pedro Batista, são “precisos muitos recursos para nos defendermos”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: toliveira@impresa.pt

Comentários

Assine e junte-se ao novo fórum de comentários

Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas