Ana Pité, da Worten; Tiago Rosário, da Luís Simões; Miguel Lisboa, da EGF; Vasco Teixeira da Fonseca, do grupo Nuvi e Jorge Santos, dos CTT estiveram esta manhã reunidos na última sessão das Critical Sessions da Axians para discutir o papel da inteligência artificial nas empresas privadas. Das cinco que estiveram presentes, três estão mais avançadas na utilização destes modelos digitais na sua operação, mostrando que, apesar de estar cada vez mais na ordem do dia, ainda há companhias que apenas agora começam a olhar para o tema. Estas são as principais conclusões.
1. O objetivo
- A inteligência artificial (IA) surge como forma de “otimizar os processos e para resolver um problema”, explica Bruno Daunay, diretor do programa de IA da Vinci. Contudo, “às vezes o problema não se resolve com Inteligência Artificial”, diz Ana Pité. Até porque não vale a pena investir em tecnologia só para ter tecnologia, tem de haver um propósito e um problema concreto a atacar, acrescenta.
- Por isso é que há empresas, como a Luís Simões ou o grupo Nuvi, que só agora estão a estudar a possibilidade de aplicar sistemas destes nas suas empresas. Na Luís Simões, entendem que é um modelo digital que pode ser aplicado na melhoria da operação logística ou na previsão de encomendas, por exemplo. Já no grupo Nuvi, que tem fábricas de refrigerantes em Angola, a aplicação seria no sistema de produção. Mas ambas estão em fases embrionárias.
- Para o diretor global de marca da consultora francesa Axians, François Lemaistre, a inteligência artificial veio para ficar e vai ser aplicada em cada vez mais momentos da vida das pessoas e das empresas, mas reconhece que o processo não é igual para todos.
- Além disso, diz Bruno Daunay, há o desafio de ter “treinar as pessoas a fazer o trabalho de forma diferente” e, acrescenta François Lemetre, o desafio de tornar a programação mais simples, para que aumentam o número de pessoas que o possam fazer. “Estamos nessa fase agora”, repara.
2. A Inteligência Artificial nas empresas
- Na Worten usa-se a inteligência artificial para conhecer melhor os clientes, melhorar as operações e até para definir preços.
- Na EGF, uma empresa da Mota-Engil responsável pela recolha e tratamento de resíduos, já há máquinas que fazem a seleção dos plásticos têm capacidade para reconhecer os diferentes tipos de plástico e têm sensores nos contentores que permitem saber se está cheio ou vazio e, assim, redirecionar as rotas dos camiões
- Nos CTT, a IA vai “permitir acelerar a velocidade com que disponibilizados serviços e produtos e melhorar a experiência do cliente, por exemplo, fazendo todo o processo online e só ir à loja para entregar a encomenda”, diz João Santos.
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