Está encontrado o vencedor do Global Tech Innovator 2022. A britânica HiiROC convenceu o júri com a sua solução tecnológica de baixo custo, zero emissões e escalável, para a produção de hidrogénio, conquistando assim o galardão do concurso promovido pela KPMG, a que o Expresso se associa. A iniciativa tem por missão conhecer e dar a conhecer as startups tecnológicas mais inovadoras promissoras à escala global, numa primeira fase a nível nacional e, posteriormente, a nível mundial.
E não foi fácil a tarefa de reduzir de 1100 candidaturas para 22 finalistas. O pitch final decorreu esta quarta-feira, no Hotel Ritz, em Lisboa, durante o segundo dia da Web Summit. Cada concorrente teve a oportunidade de apresentar o seu projeto, as suas metas e ambições durante cerca de cinco minutos.
O primeiro a subir ao palco foi Xavier Jameson, o britânico cofundador da Musiversal, a startup portuguesa que desenvolveu uma plataforma que disponibiliza músicos e produtores de estúdio para sessões de gravação em tempo real. Mas quem saiu vitoriosa foi a HiiROC, tendo sido considerada pelos cinco membros do júri o projeto mais inovador e disruptivo, o que tem mais potencial de mercado, e uma maior potencialidade de adoção por parte do consumidor.
Sedeada em Hull, a HiiROC desenvolveu a Eletrólise Térmica de Plasma para acelerar a produção de hidrogénio com uma boa relação custo-benefício e amiga do ambiente, utilizando unidades de produção que ela própria também concebeu, desenvolveu e construiu. “Este método envolve custos operacionais mais baixos do que outras tecnologias e oferece uma solução mais eficiente em termos energéticos, produzindo mais hidrogénio por kW de eletricidade e com a utilização de unidades de produção no local, remoção de custos de transporte e custos reduzidos de armazenamento e compressão”, explicou ao Expresso o CEO, Tim Davies.
“Vencer este concurso deixa-nos extremamente orgulhosos e otimistas quanto ao futuro. Significa que a HiiROC está no caminho certo no trabalho para ter impacto na rede Zero de Carbono, que é um problema de todos”, afirmou Tim Davies, CEO da HiiROC
Para o responsável, este prémio significa que a empresa “está no caminho certo no seu trabalho para ter impacto na rede Zero de Carbono, que é um problema de todos”. “A possibilidade mostrar a Hirroc em Lisboa, a uma audiência global, é uma oportunidade de ganhar algum impulso real em torno de novas formas melhoradas de produzir hidrogénio”, acrescentou.
Na opinião de Nasser Sattar, head of advisory da KPMG Portugal, o projeto vencedor teve a particularidade de apresentar uma proposta “muito interessante, inovadora e disruptiva”: “O hidrogénio está em todo o lado e é apontado como o futuro. O júri considerou, entre os vários participantes que também apresentaram grandes ideias e projetos, que este era o melhor. Alguém tinha de ganhar”.
A HiiROC sucede, assim, à brasileira Krilltech, a vencedora da edição do ano passado, como Global Tech Innovator. Ao segundo lugar do pódio subiu a japonesa FIMECS, que está a desenvolver uma nova categoria de medicamentos baseada em tecnologia biotecnológica de degradação de proteínas, focada no desenvolvimento de terapêuticas para cancros e outras patologias de difícil tratamento. Em terceiro ficou a irlandesa Provizio, que concebeu uma plataforma que deteta, prevê e previne acidentes rodoviários em tempo real.
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