31 maio 2012 11:09
O comércio móvel não pára de crescer e os anúncios estão cada vez mais baratos. Boas notícias para quem quer faturar nesta área.
31 maio 2012 11:09
O rápido crescimento da internet não deixa dúvidas, com o tempo, a mobilidade vai tornar-se um bom negócio também para as empresas da internet, defendeu na conferência D: All Things Digital, na Califórnia, May Meeker, veterana de Wall Street, que já trabalhou em instituições financeiras como Merrill Lynch, Salomon Brothers e Morgan Stanley. A Exame Brasil fez um resumo da apresentação de May Meeker, de onde se conclui que os smartphones continuarão a ganhar terreno e o preço dos anúncios na internet móvel tende a descer.
Mobilidade não pára de crescer
Os Estados Unidos lideram o ranking de utilizadores de internet móvel com 208 milhões de utilizadores, seguidos pelo Japão, com 122 milhões, e pela China, com 57 milhões. Já entre os países com maior crescimento da internet móvel, estão a Índia, com um crescimento de 841% e a China com 115%.
O Android cresce mais rápido que o iPhone
O crescimento das vendas do iPad é três vezes mais rápido que o do iPhone. Depois do seu lançamento, em 2007, o iPhone demorou dois anos para chegar a 20 milhões de unidades vendidas. O iPad atingiu essa marca em metade do tempo e as suas vendas continuaram a crescer. O aumento das vendas de smartphones com o sistema Android é quatro vezes superior ao do iPhone. Se essa tendência continuar, em 2013, as vendas de aparelhos com Android serão cerca de 4,5 vezes superiores às do iPhone.
Smartphones (ainda) são só 16% dos telemóveis
Apesar da enorme rapidez com que os smartphones estão a conquistar o mercado, ainda representam apenas 16% dos telemóveis, o que significa que há um enorme potencial de crescimento pela frente.
Os tablets estão em alta
Nos países mais desenvolvidos, os tablets estão a espalhar-se à velocidade da luz. Nos Estados Unidos, por exemplo, a parcela da população que possui um tablet ou um e-book passou de 2% para 29% em menos de três anos.
O tráfego móvel aumenta
O tráfego de dados gerado por dispositivos móveis na internet corresponde a 10% do total. Há três anos era menos de 1%.
O comércio móvel já é expressivo
Nos Estados Unidos, o comércio móvel cresceu, nos últimos dois anos, de 2% para 8% do total negociado na internet. Apesar de uma leve queda nos últimos meses, a tendência é de aceleração no crescimento.
Apps ganham com publicidade
A venda de aplicações é a origem de dois terços das receitas das empresas que produzem conteúdos para a internet móvel. Um terço vem da publicidade. Em 2011, essas duas fontes de receita geraram juntas 12 mil milhões de dólares no mundo. É 17 vezes superior ao valor registado em 2008, o que revela um crescimento anual de 153%.
A receita ainda não seguiu a audiência
O tempo que as pessoas passam na internet cresceu mais do que a receita publicitária. Nos Estados Unidos, as pessoas dedicam à internet convencional (em computadores) 26% do tempo gasto em media. A web só perde para a televisão, que tem 43%. No entanto, a receita publicitária na web corresponde a apenas 22% do total. Já a internet móvel, que absorve 10% do tempo das pessoas, recebe apenas 1% da verba publicitária. Mary Meeker vê, aí, uma oportunidade para o crescimento da publicidade móvel.
Anúncios móveis são mais baratos
Em média, o preço de um anúncio móvel é cinco vezes menor que o de um anúncio na web convencional. Dados da Google indicam que o número de cliques em anúncios online cresceu 39% no último ano. Parte desse crescimento deve-se ao avanço da internet móvel. Mas esse mesmo avanço contribuiu para reduzir em 12% o preço médio por clique. Uma má notícia para a Google, mas uma boa notícia para quem anuncia.
A situação pode melhorar rapidamente
A boa notícia é que casos de países onde a internet móvel já está mais madura, como o Japão, mostram que a receita nesse meio pode crescer rapidamente. A GREE, empresa japonesa que desenvolve jogos para telemóveis, por exemplo, viu a sua receita média por utilizador saltar de 7 para 24 dólares em dois anos. Outra produtora de jogos japonesa, a CyberAgent, já tem mais receita média por utilizador em plataformas móveis que na web convencional.
Mary Meeker lembrou que a história mostra que os anúncios seguem o olhar do consumidor. Para ela, como a internet móvel cresce rapidamente, é só uma questão de tempo até que a receita gerada por ela também aumente.