17 setembro 2013 15:25

Hey Mommy é um projeto dirigido aos pais, a pensar no bem-estar dos filhos
luís faustino
Uma plataforma online que se dirige aos pais, a pensar no bem-estar dos filhos. Ali será possível comprar, com desconto, produtos ou serviços para bebé, e encontrar artigos de puericultura em 2.ª mão. A Hey Mommy é uma ideia da equipa 36, que está quase a nascer.
17 setembro 2013 15:25
"Passar das ideias à acção" foi o que levou Joana Capela, Marta Ferreira e João Salgueiro ao Energia de Portugal. Já tinham identificado uma oportunidade de negócio, mas queriam "desenvolvê-la e testá-la para compreender se era mesmo viável e exequível", e de que forma a poderiam transformar em algo real. Criar uma plataforma online onde se podem adquirir com desconto produtos ou serviços relacionados exclusivamente com maternidade e crianças, e também vender artigos de puericultura em 2.ª mão, é o projecto em que acredita a equipa 36.
Preparam-se para entrar no mercado de compras colectivas, onde "já atuam cerca de 40 players", mas trazem novidades. Não pretendem posicionar-se nas categorias que têm registado maior procura - saúde e beleza, massagens e spa, moda e acessórios, viagens e gastronomia - e que acusam alguma saturação. Querem aproveitar a presença de mulheres jovens nestes canais, para "criar uma oferta personalizada e segmentada, que esteja de acordo com as suas necessidades".
O nascimento de um bebé envolve um esforço económico relevante para comprar tudo o que ele precisa, a questão é que à medida que ele cresce, a maioria destas aquisições, "geralmente, dispendiosas, deixam de ter utilidade podendo tornar-se uma oportunidade para quem ainda irá necessitar delas". E é aqui que entra a Hey Mommy, que se vai posicionar entre os sites de compras em grupo com uma oferta segmentada para grávidas e mães, e a área de compra e venda de produtos em 2.ª mão, onde pretende distinguir-se da concorrência "porque o seu foco será exclusivamente dedicado a produtos de puericultura que se encontrem em excelente estado de utilização, considerados seminovos."
A equipa está consciente dos desafios que tem pela frente e procura formas de os vencer. Precisa de criar uma boa base de dados para garantir descontos de marcas de prestígio. "Queremos que as parcerias sejam estabelecidas com marcas de renome, não só nacionais, como internacionais, com vista à potencial expansão do negócio além fronteiras", confessam os seus três elementos, que sabem que só o conseguirão depois de atrair e fidelizar bastantes utilizadoras para a plataforma. Por outro lado, também têm de ser capazes de assegurar que os produtos transacionados através da Hey Mommy cumpram os padrões de qualidade, uma vez que se destinam a um target altamente sensível.
Ambição de criar projeto vencedor
Acreditam que numa primeira fase, serão os produtos em 2.ª mão a gerar mais tráfego na área de compras, "até porque já há algumas grávidas e mães interessadas em dar um novo rumo aos seus artigos de puericultura". Na área de serviços confiam que serão os vouchers com desconte em actividades para a família, como festivais infantis ou entradas em parques temáticos, o que criará mais buzz.
A Hey Mommy espera atrair no primeiro ano cerca de duas mil clientes que efetuem pelo menos três interações anuais com a plataforma. O seu plano de negócios aponta um investimento de 50 mil euros e o break even em três anos. "As fontes de receita serão obtidas a partir da margem de lucro na venda de vouchers de produtos e serviços novos, da publicidade paga por parceiros e ainda através dos destaques pagos pelos clientes na área de compra e venda de produtos semi-novos", adiantam.
No pitch tentarão defender a sua ideia de negócio e provar que têm "vontade, e ambição de criar um projecto vencedor, que seja capaz de se tornar num negócio global e escalável e que gere receitas rápidas". Consideram-se uma equipa orientada para a acção, que olha e pensa o mercado sob o ponto de vista do consumidor, de forma a identificar as necessidades que ainda não estão satisfeitas. E agora que encontraram a solução para um problema real do mercado, precisam de investimento para a pôr em prática. Esperam consegui-lo no próximo dia 24 de setembro, quando, juntamente com as restantes 14 equipas finalistas do Energia de Portugal, apresentarem o seu projeto a uma audiência de investidores habituados a detetar boas ideias de negócio.