A Seguro Directo, marca do Grupo Ageas Portugal, não fica indiferente àquela que ainda é uma das causas de acidentes nas estradas portuguesas – o sono ao volante.
Conduzir com sonolência é um ato normalizado por muitos condutores. Abrir a janela ou aumentar o som do rádio são “pequenos truques” que alguns teimam em pôr em prática, para evitar o potencial perigo de adormecer ao volante. Mas desengane-se quem pensa que estas “técnicas” são o segredo para nos manter acordados e para dar resposta às exigências que a condução segura pressupõe. Na verdade, fala-se muito no excesso de velocidade, no uso do telemóvel, em manobras que desrespeitam o código da estrada e no álcool – que, aliás, também provocam sonolência e perturbação na visão. Mas pouco ou nada se fala dos efeitos do sono e da fadiga na condução.
Negligenciar o estado sonolento, enquanto se conduz, pode ser fatal.
Os resultados do estudo E-Survey on Road Users’ Attitudes 2, compilados em 2022 pelo Vias Institute (entidade pública belga responsável pela segurança rodoviária) em parceria com a PRP – Prevenção Rodoviária Portuguesa, revelaram que 20,2% dos portugueses já conduziram num estado de grande sonolência, chegando mesmo a ter dificuldades em manter os olhos abertos. No mesmo estudo, lê-se que apenas 0,7% dos portugueses consideraram aceitável conduzir nestas condições, contra 1,6% no conjunto dos 20 países participantes no ESRA.
Quando o mal é o sono
Apesar dos números evidenciados pelo estudo acima referido, que revelam uma forte preocupação dos cidadãos portugueses face à condução em estado de sono agravado, o certo é que, de acordo com a Comissão Europeia, a fadiga continua a ser uma das grandes causas dos acidentes rodoviários, contribuindo entre 15% a 20% para este tipo de ocorrências. Não devemos, contudo, atribuir as culpas desta realidade apenas ao cansaço, já que existem vários fatores, como é o caso, por exemplo, do stress, que o induzem e que, no extremo, provocam o total adormecimento ao volante. Mas olhemos esta questão de um prisma mais objetivo para perceber, de facto, a causa das
coisas; quem perde horas de sono, trabalha excessivamente ou está sob um estado de stress intenso e acumulado, vê a sua capacidade de condução reduzida.
O mesmo acontece a quem sofre de perturbações do sono, como a apneia do sono ou a narcolepsia, toma ansiolíticos ou anti-histamínicos. Por outro lado, trabalhadores por turnos e principalmente profissionais de transportes de mercadorias, fazem, igualmente, parte dos grupos de risco.
Identifique os principais sinais de fadiga
- É assim importante estar atento aos seguintes sinais:
- bocejos frequentes;
- dificuldade em manter os olhos abertos;
- pestanejar frequentemente;
- visão desfocada;
- dificuldade de atenção e concentração;
- lentidão na reação a fatores inesperados;
- não se recordar dos últimos quilómetros percorridos;
- sensação de desconforto na cadeira;
- pensamentos desconexos/sensação de sonhar acordado.
Mediante a identificação de um destes sintomas, o condutor deve parar para tomar uma bebida com cafeína ou até, se necessário, dormir, sendo também recomendável partilhar, sempre que possível, a condução com outra pessoa.
Na falta de estratégias para resistir ao sono, a Seguro Directo considera que a melhor solução será conduzir apenas, quando existir total segurança e atenção dos cinco sentidos por parte de quem está ao volante – pela sua segurança e a dos outros.
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