19 maio 2007 0:00
19 maio 2007 0:00
Se puder, obtenha preços na agência e marcando directamente, antes de decidir
Em muitos casos, evitar as agências de viagens pode não compensar.
Com o bom tempo a chegar, muitos portugueses começam a pensar em viagens. De preferência, pagando o menos possível. Há quem, com vista a poupar, não tenha à partida preferências por transportadoras aéreas ou hotéis.
Para essas pessoas, pesquisar na Internet e marcar tudo directamente, sem recurso a agências de viagens, pode ser uma opção interessante, sobretudo numa altura em que as companhias "low cost" estão na moda. Tal como pode ficar mais barato optar por um hotel menos central, mas com fácil acesso a transportes públicos. No entanto, há também turistas que não prescindem de voar em determinada transportadora, dormir num hotel específico. Para esses, contactar uma agência é quase sempre mais vantajoso.
O Expresso pediu a várias agências nacionais orçamentos de viagens para os Açores, Londres e Roma, que incluíssem transporte aéreo, hotel e aluguer de automóvel. Ao mesmo tempo, e para os mesmos pacotes e dias, obteve preços sem recorrer a agências, ou seja, contactando directamente com transportadoras, empresas hoteleiras e de aluguer de carros, através da Internet e por telefone. Concluiu que os preços são quase sempre mais baixos nas agências, sobretudo se as reservas forem feitas com bastante antecedência e constarem dos programas destas empresas. Já quando as marcações são feitas "em cima da hora", os preços das agências de viagens podem subir significativamente, aproximando-se muito daqueles que o consumidor obteria caso marcasse a viagem directamente.
Um estudo da associação de consumidores Deco sobre serviços de turismo pela Internet, realizado há um ano, comparou preços obtidos nestes sítios com os recebidos aos balcões de agências de viagens ou por telefone para empresas de aluguer de automóveis ou hotéis. Conclusão: por vezes fica mais barato reservar através da Internet, e noutros casos fica mais caro ou o preço é exactamente igual.
Joaquim Rodrigues da Silva, responsável pela revista 'Dinheiro & Direitos', da Deco, admite que, "na esmagadora maioria dos casos", a compra de viagens e pacotes turísticos torna-se mais barata através das agências. Como estas trabalham com um grande volume de passagens aéreas e reservas de hotéis, têm uma capacidade de negociação muito maior do que a dos turistas, conseguindo preços mais baixos.
Também a concorrência entre agências, numa época de democratização do acto de viajar, beneficia o consumidor.
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