12 maio 2007 0:00
12 maio 2007 0:00
Produtores mais desfavorecidos devem ter direito a rendimento digno
Crianças são alvo do Dia Mundial do Comércio Justo, assinalado hoje.
Respeito pelas condições de vida e de trabalho dos produtores das zonas mais pobres do mundo é o que pretendem, em termos gerais, os defensores do Comércio Justo, cujo Dia Mundial se celebra hoje.
Para divulgar esta actividade, o Jardim da Estrela, em Lisboa, acolhe desde ontem, e até domingo, o primeiro Fórum de Comércio Justo. Entre outras iniciativas, o evento promove hoje, às 15h30, o contacto directo entre consumidores e produtores brasileiros de chá mate e brinquedos educativos não tóxicos. Os visitantes podem ainda contar com oficinas para crianças e jovens, uma feira de produtos, gastronomia, exibição de documentários e curtas-metragens, música e contadores de histórias. Além disso, participam no Fórum organizações internacionais que debatem amanhã o tema 'O Comércio Justo Face aos Novos Desafios Comerciais'.
Na opinião de Sandra Oliveira, da Cores do Globo, Associação para a Promoção do Comércio Justo, "as pessoas preocupam-se com o que comem e consomem, mas devem preocupar-se também com a forma como os produtos são feitos e há cada vez mais essa consciência". Em Portugal, existem já algumas lojas que vendem produtos do Comércio Justo, mas não se pretende apenas uma alternativa ao comércio industrial. O objectivo passa também por "trazer para a opinião pública questões éticas e sociais que envolvem o comércio", sublinha.
O Fórum resulta do projecto 'Consumo Responsável em Portugal Escolha Ética para um Futuro Sustentável', coordenado pela Cores do Globo, em parceria com o Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral (CIDAC) e a Reviravolta três Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD). O projecto recebeu a ajuda do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD).
Este ano, o Dia Mundial está subordinado ao tema 'As Crianças e o Comércio Justo'. Em muitos países em desenvolvimento, milhões de crianças são exploradas pelos próprios pais, pagos em função das quantidades de bens que produzem. São crianças que trabalham em vez de irem à escola, não têm acesso a cuidados de saúde e estão encurraladas num ciclo vicioso de pobreza. Se as crianças dos países desenvolvidos tiverem consciência disso, o comércio pode ser mais justo no futuro.
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