Mais emigrantes portugueses votaram presencialmente este fim de semana na repetição da eleição para a Assembleia da República. No total, 152 eleitores optaram por esta modalidade entre os dias 12 e 13 de março, enquanto em janeiro tinham votado 116 eleitores no círculo da Europa.
"Nas votações presenciais que decorreram nos dias 12 e 13 de março votaram 152 eleitores em 34 embaixadas e postos consulares. O número de votantes presenciais aumentou comparativamente à votação de janeiro", disse ao Expresso fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
Ainda assim, votaram menos de metade dos eleitores que se tinham inscrito para votar por via presencial: "400 eleitores tinham-se inscrito previamente para votar nesta modalidade", segundo o ministério liderado por Augusto Santos Silva.
A grande dúvida reside no voto postal, após várias queixas de emigrantes que alegadamente não receberam os boletins de voto com a devida antecedência. O presidente do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas (CRCPE) na Europa, Pedro Rupio, alertou que até sexta-feira vários eleitores em França, Suíça e Luxemburgo ainda não tinham recebido os envelopes pelo correio.
Além disso, o presidente da CRCPE lamentou as "contradições" sobre a data limite de registo de envio dos boletins de voto dos eleitores residentes na Europa, o que na sua opinião também poderá contribuir para a menor participação neste sufrágio. Se por um lado, as instruções indicavam que o eleitor “deverá colocar o envelope no correio até ao dia 12 de março”, por outro, sublinhava-se que “só serão considerados os votos recebidos em Portugal até ao dia 23 de março”.
Entretanto, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) já esclareceu que serão considerados válidos todos os votos dos emigrantes que cheguem a território nacional até ao dia 23 de março, data limite para a receção dos votos por via postal.
Segundo a CNE, a "ausência de registo do dia da expedição dos boletins ou a existência de marca do dia posterior a 12 de março" no envelope branco que transporta o boletim eleitoral "não deve ser causa de nulidade do voto". Após o apuramento dos votos por correspondência, os resultados finais só deverão ser conhecidos a 25 de março.
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