“Há um antes e um depois de Borba” (como a tragédia ao lado parou Vila Viçosa)

Em Vila Viçosa, o mármore está por toda a parte, como naqueles mais de 100 metros de fachada do Paço Ducal, residência real da família de Bragança, local onde o rei D. Carlos passou a última noite antes do regicídio e propriedade da Fundação Casa de Bragança. Elemento comum a quase toda a arquitetura da vila, da civil à religiosa, o mármore está para lá do património edificado: vive na memória coletiva da população.

Responsável pela criação de riqueza na vila nos anos 1950 e 60, em que parte do operariado agrícola se virou para a indústria, a procura foi encolhendo nas últimas décadas, nomeadamente de mercados como o do Médio Oriente. Também a massa assalariada, que deixava a profissão por volta dos 55 anos, dada a natureza física quase brutal do trabalho antes da democratização do país, ficou por renovar. Mas nenhum golpe é emocionalmente mais duro do que o episódio de há quase três anos.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.