Tem mais de 55 anos, não trabalha, mas quer ter um papel ativo na sociedade? Há uma startup portuguesa que pode ajudar
Chama-se 55+ e quer ajudar os mais velhos a sentirem-se ativos mesmo estando no desemprego ou na reforma. O Expresso conheceu-a na 7.ª edição da Web Summit onde foi à procura de novas soluções tecnológicas e tentou consciencializar outras pessoas e empresas para encontrar potenciais novos parceiros
A 55+ é uma plataforma ‘online’ que valoriza pessoas com mais de 55 anos, inativas por desemprego ou pela reforma, “mas que estão extremamente válidas, com muito para dar à sociedade, com anos de experiência”, explicou ao Expresso, André Moreira, gestor de parcerias da startup. “O objetivo é dar aos especialistas 55+ uma vida mais saudável, ativa e integrada na comunidade, com uma remuneração extra”, pode ler-se no site.
“Fazemos a ligação entre essas pessoas, que estão bastante disponíveis, e qualquer pessoa, de qualquer idade, que não saiba fazer algum dos nossos serviços ou que não tenha tempo para os executar”, acrescentou.
D.R.
O contacto entre grupos é feito através do site da 55+, onde é possível encontrar a lista de serviços disponíveis, que vão desde bricolage e jardinagem, a pet sitting e pet care “E adoramos desafios, portanto se não estiver no site podem mandar na mesma”, sublinhou o gestor. Basta enviar um pedido e a equipa encontra um especialista 55+ que fique próximo do local, efetuar o pagamento e aguardar pelo serviço à hora e data marcadas.
“O serviço de chef em casa é um dos mais procurados, as reparações também”, indicou André Moreira. Para o gestor, a grande vantagem da plataforma é gerar serviços de proximidade: “Todos são feitos com alguém que está próximo da sua casa, portanto vai ser a comunidade local, vai ter aqui a oportunidade de ter uma rede informal de apoio, mas também a criação da comunidade”.
Simão de Castro Pernas
O projeto de empreendedorismo social surgiu da necessidade, sentida por Elena Duran - gestora espanhola de ‘marketing’ e comunicação, a viver em Portugal - de prevenir a solidão e a inatividade das pessoas “mais velhas”, que são já 2,5 milhões em Portugal.
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