20 janeiro 2015 12:40
A Makro, uma das principais cadeias grossistas da Venezuela, vai usar a leitura de impressão digital para controlar o que os clientes podem comprar no país.
20 janeiro 2015 12:40
Instalar um sistema de leitura de impressões digitais nos supermercados para limitar a quantidade de produtos que cada cliente pode adquirir é a fórmula adotada pela Makro para gerir as compras nas suas superfícies comerciais na Venezuela.
"Tomamos esta decisão para evitar as compras excessivas por parte de alguns clientes", diz vice-presidente da empresa, Giovanny Malvestuto, para justificar a medida.
O gestor refere que há artigos com aumentos significativos na distribuição face a 2014, designadamente farinha de milho pré-cozida (mais 50%) e detergente em pó (mais 12%), sublinhando que a população deve fazer compras tranquilamente.
As limitações vão começar por ser aplicadas nos estabelecimentos da cadeia grossista de La Guaira e Guatire (Grande Caracas), onde a receção de produtos como carne e frango tem ficado abaixo das quantidades habituais.
A decisão da Makro surge numa altura em que se multiplicam as queixas dos consumidores venezuelanos devido às dificuldades que sentem para encontrar produtos básicos como fraldas, sabão em pó, detergentes, papel higiénico, desodorizantes, farinha de milho pré-cozida, café, arroz branco, açucar ou leite em pó, entre outros.
Muitos estabelecimentos comerciais registam, desde o início de janeiro, longas filas de consumidores que querem comprar os produtos mesmo antes destes serem arrumados nas prateleiras.
É um cenário que já mereceu uma reação do Presidente Nicolás Maduro para acusar os distribuidores de produtos de, em quatro dias, terem criado uma guerra psicológica que levou 18 milhões de pessoas às compras, o triplo do número habitual.