Sindicato fala em 100% de adesão à greve na easyJet, companhia em 70%
O sindicato classifica a adesão como total, apenas com serviços mínimos a serem efetuados. A companhia aérea diz que a adesão à greve é de cerca de 70%
O sindicato classifica a adesão como total, apenas com serviços mínimos a serem efetuados. A companhia aérea diz que a adesão à greve é de cerca de 70%
O sindicato dos tripulantes de cabine afirma que a greve na easyJet teve 100% de adesão esta sexta-feira, 26 de maio, de manhã, primeiro dia de paralisação, mas a empresa informou que cerca de 30% dos trabalhadores escalados apresentaram-se ao serviço.
Em declarações à agência Lusa, Ana Dias, da direção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) disse que, à semelhança do que aconteceu na greve de 1 a 3 de abril, a adesão é de 100%, porque os únicos voos que estão a ser realizados correspondem a serviços mínimos, excetuando a ligação Lisboa-Porto às 19h30, que será assegurada pelas chefias.
Já fonte oficial da companhia aérea disse à Lusa que cerca de 30% dos tripulantes escalados para trabalhar esta sexta-feira compareceram ao serviço nos respetivos aeroportos, ou seja, que a adesão à greve é de cerca de 70%.
Dezenas de tripulantes de cabine da easyJet estão hoje concentrados junto ao terminal 1 do aeroporto de Lisboa para pedir melhores condições de trabalho, no primeiro de cinco dias de greve, que levaram a empresa a cancelar previamente 385 voos.
Em declarações aos jornalistas, o presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, insistiu no facto de a empresa ter vindo ao longo dos anos a aproximar-se das exigências dos trabalhadores noutros países, mas não em Portugal.
Acrescentou ainda que a empresa quer passar uma imagem de que não há caos no aeroporto, desvalorizando a greve e preferindo cancelar voos, e lembrou que a paralisação teve já o seu impacto porque apenas se estão a realizar serviços mínimos.
A greve dos tripulantes de cabine da easyJet teve início esta sexta-feira e repete-se nos dias 28 e 30 de maio e 1 e 03 de junho.
A paralisação abrange "todos os voos realizados pela easyJet", bem como os "demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos", cujas "horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 0h01 e fim às 24h de cada um dos dias" mencionados, lê-se no pré-aviso de greve, divulgado pelo sindicato.
Quando a paralisação foi marcada, a easyJet disse ter ficado "extremamente desapontada" com a convocação da greve, considerando a proposta do sindicato de aumentos entre os 63% e os 103% "impraticável", e anunciou que ia fazer alterações nos voos antes da greve, para mitigar o impacto nos clientes.
Num comunicado no dia 19 de maio, o SNPVAC garantiu que "a easyJet decidiu previamente proceder ao cancelamento massivo de voos: dos 458 voos originais a saírem das bases portuguesas de Lisboa, Porto e Faro, a companhia já cancelou previamente 384 voos, ou seja, 84% dos voos planeados".
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