Infraestruturas de Portugal com lucros de 48 milhões em 2022
Empresa que gere estradas e linhas de comboio em Portugal diz que o investimento feito em 2022, de 466 milhões de euros, é o mais elevado desde 2010
Empresa que gere estradas e linhas de comboio em Portugal diz que o investimento feito em 2022, de 466 milhões de euros, é o mais elevado desde 2010
A Infraestruturas de Portugal (IP) teve lucros de 48 milhões de euros, mais 34 milhões do que em 2021, e viu os seus rendimentos operacionais crescer 6% para 1313 milhões de euros, com os gastos operacionais, excluindo amortizações e provisões, a aumentar 9%, para os 806 milhões.
A empresa que gere estradas e linhas de comboio em Portugal obteve assim um EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 507 milhões de euros em 2022, o que compara com os 497 milhões obtidos em 2021.
Foi um ano marcado pelos gastos com conservação e manutenção na rede rodoferroviária e com eletricidade que a IP diz que foram compensados com “a melhoria conseguida ao nível dos resultados financeiros”, de 29 milhões, para 191 milhões de euros negativos. A dívida caiu 129 milhões de euros, para 4.016 milhões, sendo que a 31 de dezembro 95% do total estava a taxa fixa e 5% a taxa variável, “refletindo o nível elevado de imunização da carteira a conjunturas de subida das taxas de juro do euro como a que se tem verificado desde o primeiro semestre de 2022”.
A IP fala também em “naturais perturbações decorrentes do elevado nível de investimento em curso, traduzido no aumento das atividades de conservação e manutenção, o que se refletiu no aumento dos respetivos gastos que ascenderam a 200 milhões de euros, 5% acima do nível registado em 2021”.
Esse investimento nas infraestruturas rodoferroviárias ascendeu a 466 milhões, um aumento de 72% face a 2021, representando o nível mais alto desde 2010, explica a IP. Na ferrovia destaca-se o desenvolvimento do programa Ferrovia 2020, com uma execução no montante de 348 milhões, em especial no Corredor Internacional Sul (158 milhões), Corredor Internacional Norte (102 milhões) e Corredor Norte-Sul (51 milhões). Na rodovia o investimento é bem menor - atingiu, em 2022, os 17 milhões e enquadra-se nos projetos abrangidos pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
Já no que respeita ao Programa Nacional Investimentos 2030 (PNI2030) “centrou-se essencialmente na componente ferroviária, maioritariamente, no desenvolvimento de estudos e projetos, como sejam os relativos à Nova Linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa”, explica a empresa, adiantando que a execução financeira do PNI2030 em 2022 ascendeu a 10,5 milhões de euros.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: PLima@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes