Trabalho

Trabalhar quatro dias por semana? Chat GPT pode acelerar transição

Trabalhar quatro dias por semana? Chat GPT pode acelerar transição
DADO RUVIC

A semana de quatro dias de trabalho está a ser estudada em vários pontos do globo, inclusive em Portugal, e segundo o vencedor de um Nobel, Christopher Pissarides, o Chat GPT pode vir a acelerar a transição

Muito se tem falado da semana de quatro dias de trabalho - que, inclusive, ira a ser estudada em Portugal - e as novas tecnologias podem vir a acelerar a transição, pelo menos em alguns setores de atividade.

Christopher Pissarides, professor da London School of Economics especializado no impacto da automatização no trabalho e vencedor de um prémio Nobel, disse, segundo a “Bloomberg”, que o mercado de trabalho pode adaptar-se com rapidez suficiente aos chatbots apoiados por inteligência artificial, como a aplicação que se tem tornado famosa, o Chat GPT.

“Estou muito otimista de que poderíamos aumentar a produtividade”, disse o especialista. “Poderíamos aumentar o nosso bem-estar em geral no trabalho e poderíamos tirar mais tempo para lazer. Poderíamos mudar para uma semana de quatro dias facilmente”, acrescentou.

A semana de quatro dias tem ganho fãs em várias partes do globo, como no Reino Unido - onde um estudo mostrou que a maioria das empresas participantes (91%) não planeia voltar à semana de cinco dias - ou agora em Espanha.

Esta semana começou em Valência a experiência laboral da semana de quatro dias, aproveitando quatro feriados que irão reduzir o número de horas de trabalho para as 32 nas próximas quatro semanas.

Por cá, o teste do Governo já está em andamento. Depois de cerca de 100 empresas terem mostrado interesse no projeto-piloto, apenas 46 se mostraram disponíveis para avançar efetivamente o teste.

Se por um lado a inteligência artificial pode ajudar a evoluir o mercado de trabalho para o que parece ser o inevitável futuro, por outro pode deixar muitas pessoas sem trabalho. Há cerca de duas semanas um estudo do Goldman Sachs dizia exatamente que estes avanços tecnológicos, que levam à automatização de várias funções e empregos, vão colocar uma pressão adicional no mercado de trabalho estando em risco cerca de 300 milhões de postos de trabalho nos países mais desenvolvidos.

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