Este sábado decorre o terceiro dia de greve dos trabalhadores da agência de notícias Lusa, depois de na sexta-feira o Partido Socialista ter chumbado uma proposta do Bloco de Esquerda (BE) para aumentar a indemnização compensatória na agência. A paralisação continua durante o domingo, estando previsto que termine às 0h do dia 3 de abril (segunda-feira).
Num comunicado enviado às redações, os sindicatos que representam os trabalhadores da Lusa acusam o primeiro-ministro António Costa de ter deixado os trabalhadores “sem resposta em Aveiro” e indicam que o chumbo da proposta do BE “continuou a inviabilizar uma solução”.
A greve foi convocada pelo Sindicato dos Jornalistas, dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE CSRA) e dos Trabalhadores do Sector de Serviços (SITESE).
Os trabalhadores reivindicam um aumento de 100 euros, abaixo dos 120 euros inicialmente pedidos, depois de mais de uma década sem aumentos salariais. A paralisação surge depois da administração ter proposto uma subida dos salários de 74 euros, após uma proposta de 35 euros.
“A greve prossegue este sábado e domingo, com a linha fechada, porque os trabalhadores exigem mais respeito e salários que se aproximem do que realmente merecem pelo serviço público que prestam”, descreve o comunicado. O documento aponta ainda que ao fim de semana, quando há redações com menos elementos, a agência “assegura um serviço inestimável ao jornalismo e à democracia”.
Os três sindicatos “lamentam a postura de imobilismo que parece reinar na resposta aos trabalhadores da Lusa e ao subfinanciamento desta empresa do setor empresarial público, em que os problemas são extensos, da falta de aumentos à persistência da precariedade”.
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