14 maio 2023 11:14

António Esteves, o primeiro sócio português da Goldman Sachs, lançou um fundo para capitalizar a economia real
nuno botelho
O ex-Goldman Sachs António Esteves diz que o sector financeiro vai ser palco de concentração de atores no mercado. E defende a existência de bancos privados de capital português
14 maio 2023 11:14
Há bancos portugueses a mais para a dimensão de Portugal. António Esteves, o gestor bancário que esta semana lançou um fundo de investimento focado em Portugal, chamado Fortitude Portugal Special Situation Fund (ver texto em baixo), defende que “a CGD devia ser privada, com capitais privados portugueses”. Mas não fica por aqui, diz também que “devia haver um movimento de concentração para termos apenas dois bancos portugueses muito fortes, em vez de termos um BCP, uma CGD, o Montepio e o Novo Banco”. Mesmo quando questionado com o facto de os cinco maiores bancos controlarem mais de 80% do mercado, António Esteves diz que “o país não tem dimensão para isso”. E adianta que “desses cinco deveria passar-se a quatro”.
“Há prós e contras em ter um banco público, mas sou mais favorável a ter bancos privados”, acrescenta, considerando que a CGD “pode ser um instrumento importante em algumas operações de grande envergadura no mercado com players nacionais”, já que “o compromisso de um banco com capital privado português é completamente diferente do compromisso de qualquer outro banco, por exemplo espanhol”. “Não devemos estar dependentes de bancos com capital estrangeiro.”